Antônio Boaventura
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Segundo o site www.blackfriday.com.br, do idealizador Ricardo Bove, a expectativa é que o comércio guarulhense fature nesta Black Friday cerca de R$ 22 milhões. Entretanto, o movimento nos estabelecimentos não correspondeu a esta realidade, tanto que consumidores olharam com desconfiança as promoções disponibilizadas pelas lojas de diversos segmentos comerciais.
“Tínhamos uma certa expectativa em superar as vendas do último ano, mas o movimento está fraco. E é até difícil até de explicar os motivos pelo qual as pessoas não estão comprando. Pode ser a crise como também pode não ser. Espero que melhore as vendas ao longo do dia ou até no final de semana”, disse Afrânio Sampaio, 48 anos, gerente de vendas.
Em contrapartida, o servidor público Gilberto Fidélis, 51 anos, afirma que o valor pago para adquirir um televisor foi satisfatório, e que valeu a pena esperar a data reservada para descontos e promoções. “É algo que já estava pensando em comprar há algum tempo, e valeu muito. O preço estava bom e comprei”, disse Fidélis.
Já a doméstica Flávia Santana, 32 anos, entende que os valores podem estar em desacordo com os praticados anteriormente. Flávia também revelou que esta proposta comercial não lhe atrai, e que prefere adquirir algum bem conforme sua necessidade e o poder econômico naquele momento.
“Não adianta nada eu comprar algo que não esteja precisando e também não ter o dinheiro para pagar. Só vou me encrencar e arrumar dívida e dor de cabeça. Além do mais, não acredito muito nestas promoções. Aposto que os preços eram os mesmos de antes e serão iguais depois”, concluiu.
Nos últimos três anos, o Procon guarulhense registrou apenas 18 reclamações. Houve 12 no ano de 2015, nenhuma no ano seguinte e outras 6 no ano passado. As principais queixas foram à falta do produto em estoque e ou descumprimento de entrega, mudança de preço na finalização da compra, cancelamento do pedido sem justificativa, oferta de produto anunciado, na finalização da compra aparece como indisponível.