Com problemas no abastecimento, cerca de 50 bairros sofrem com falta de água por quase 10 dias

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Antônio Boaventura

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O contrato para concessão dos serviços do Saae Guarulhos à Sabesp pelos próximos 40 anos foi assinado há nove dias com o propósito de colocar um ponto final no rodízio de água na cidade. No entanto, cerca de 50 bairros sofrem com a falta do insumo por aproximadamente dez dias. Já o prefeito Guti (PSB) entende que uma das causas seja o processo de transição entre a autarquia guarulhense e a empresa de capital misto.

“A reclamação no município se intensificou demais. A gente destaca alguns motivos como a transição e a questão do calor em excesso, período em que as pessoas consomem mais água. A resposta são algumas obras que teremos e não é de imediato. Precisamos de algumas obras estruturantes e que em tempo recorde vocês [Sabesp] vão fazer”, explicou o prefeito Guti.

Sem nenhum prazo para encerrar a falta de água naqueles bairros, Guti revelou que, momentaneamente, o abastecimento destes bairros está sendo realizado por meio de caminhões pipas. Esta ação também conta com o apoio da Sabesp, que assume efetivamente as operações no município nos próximos 12 dias. Procurado pelos moradores, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto afirma solucionar o problema, porém, sem mencionar qualquer prazo.

“A gente sabe da dificuldade que é a pressão da população e as discussões políticas. Ás vezes, pelo falta do conhecimento técnico para um vereador dominar todos os assuntos e também tem um detalhamento técnico mais relevante. Pode contar com a gente não só para resolver, mas para auxiliar nas explicações para as pessoas”, disse Karla Bertocco, presidente da Sabesp.

Enquanto a regularização do abastecimento não acontece, muitas residências estão com suas torneiras sem nenhuma gota de água, louças e roupas empilhadas para serem lavadas, além da impossibilidade de seus habitantes fazerem regularmente a respectiva higiene. Em algumas delas, a alternativa está sendo o reaproveitamento da água da chuva e o uso do insumo armazenado em hidrantes.

“Sei que há muito tempo nós sofremos com o rodízio de água, mas nos últimos dias têm se intensificado em toda cidade. Eu não sei qual explicação dar aos moradores, até por que é algo técnico que o político não domina. Precisamos resolver esse problema”, concluiu o vereador Eduardo Soltur (PSB), presidente da Câmara.

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