Reportagem: Ulisses Carvalho
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Após uma audiência de reconciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), na tarde desta quinta-feira (09), às 14h30, o Ministério Público requereu a fixação de uma cota mínima de trabalhadores em caso de greve dos motoristas e cobradores de ônibus em Guarulhos nesta sexta-feira (10), com 70% da frota trabalhando nos horários de pico, das 5h às 8h e das 17h às 20h, e 50% nos demais horários, de acordo com o termo de reunião pré-processual que o HOJE teve acesso, de n° 030/19.
O sindicato afirmou a reportagem que continua em estado de greve. A audiência de reconciliação foi remarcada para esta sexta-feira às 10h, devido à falta do vereador e presidente do Sincoverg, Maurício Brinquinho (PT), que esteve presente na sessão da Câmara Municipal na tarde de quinta-feira (09).
De acordo com a ata da audiência, a paralisação irá afetar cerca de 1.200 ônibus e 710 mil usuários por dia. “Pelo desembargador vice-presidente Judicial foi deferida a tutela cautelar requerida pelo Ministério Público, vinculando a conduta de manutenção dos serviços essenciais a cargo de ambas as categorias, trabalhadores e econômica, sob pena de multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais) à parte que descumprir”, destacou o vice-presidente judicial mediador Rafael Pugliese Ribeiro, sobre a multa em caso de descumprimento em relação a manter a cota mínima de coletivos circulando na cidade.
Os condutores guarulhenses estão em estado de greve desde segunda-feira (06), após a assembleia realizada na sede do sindicato na Vila Progresso, no qual foi rejeitado uma proposta de aumento salarial de 4% e também os trabalhadores não admitiram a retirada da Participação nos Lucros (PLR).
Já a prefeitura, destacou que em caso de greve, a cidade tem planos para minimizar os efeitos da possível paralisação. “Com a deflagração do Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese), os veículos de permissionários (micronibus), que prestam serviço dos bairros até os terminais de ônibus, irão estender o percurso para as principais avenidas e à região central da cidade, que normalmente são atendidas pelas concessionárias”, informou em nota a administração municipal.
Em nota publicada no site oficial, o Sincoverg informa que está dialogando para obter uma melhor solução sobre o caso. “O Sincoverg, assim como a Guaruset e a Prefeitura de Guarulhos, também tem o interesse de encontrar uma solução, adequada, para o conflito, respeitando o judiciário e o direito de greve dos trabalhadores”, destacou.