Reportagem: Ulisses Carvalho
A família do garoto Talisson Luciano, de 9 anos, atropelado por uma viatura da Polícia Militar na Vila Barros, defende a ação dos policiais que “quebraram” o protocolo ao socorrer a criança na própria viatura do 15º Batalhão ao Hospital Geral de Guarulhos (HGG), no Parque Cecap. Nestas ocorrências, a PM entende que é necessário esperar pelo serviço de resgate.
O HOJE conversou com a dona de casa Maria da Penha, 43, mãe de Luciano. “Foi excelente a atuação dos policiais, eles realizaram a melhor a ação do momento. Se fosse esperar o resgate iria demorar muito”, afirmou.
Segundo Maria, no momento em que ocorreu o acidente ela em casa, a poucos metros do local, quando um colega do filho avisou que Luciano havia sido atropelado. A mãe lembrou que quando viu a filmagem do acidente, chegou a pensar que o filho estivesse morto.
O caso ocorreu por volta de meio-dia de terça-feira (25), na rua Eugenio Diamante, no bairro da Vila Barros. Após ser levado para o HGG, o menino recebeu alta do hospital no mesmo dia, e teve ferimentos na testa, no pescoço e na perna.
“Tinha dois policiais que sabiam todos os procedimentos de primeiros socorros, inclusive um chegou a ser bombeiro”, contou Maria. A criança que empinava pipa com o irmão mais velho e os primos no momento em que houve o acidente. Há informações de que ele corria atrás de uma pipa.
Sonho do menino de 9 anos é dar um passeio na viatura da Polícia Militar
Talisson Luciano revelou à reportagem que um dos seus grandes sonhos é dar um passeio na viatura da PM, e após o acidente, cobra a mãe todos os dias para conseguir uma visita ao 15º Batalhão, além de se comunicar com os policiais envolvidos na ocorrência.
“Eu vou conseguir porque os policiais foram muito legais comigo”, destacou Luciano. A mãe afirmou que os policiais ligam sempre para saber como está a recuperação da criança e se precisam de alguma outra coisa, além de informar que nesta sexta-feira (28), um dos PMs irá levar a criança para passar por exames no Hospital Municipal da Criança e do Adolescente (HMCA), localizado na região central.
Imagens de uma câmera de segurança do local flagrou o momento em que o menino foi atropelado, sendo arremessado. No momento do patrulhamento, os policiais estavam seguindo para verificar uma ocorrência de furto de veículo que estaria sendo desmontado por dois indivíduos na rua Cristolândia, no mesmo bairro.
O caso foi registrado como atropelamento no 6° Distrito Policial. Em nota enviada, a PM lamentou o situação e afirmou que todas as circunstâncias relativas ao caso são objetos de análise. A reportagem entrou em contato com o Comando do 15º Batalhão solicitando uma entrevista com os policiais envolvidos no acidente e também solicitando uma possível visita da criança ao 15° Batalhão, porém, não houve resposta até a conclusão desta edição.