Antônio Boaventura
O governo federal, por meio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), prevê a instalação de sistema para cobrança de pedágio entre as cidades de Guarulhos e São Paulo. A concessão, que atualmente pertence ao grupo CCR, se expira em março do próximo ano. O novo concessionário deve ser conhecido até o final do primeiro semestre deste ano.
A principal discussão nos encontros realizados pela ANTT foi à cobrança por quilômetros percorridos naquela via de forma proporcional, que passaria a ter validade entre os dois maiores municípios do estado de São Paulo. O governo Bolsonaro ressalta [sem revelar maiores detalhes] que menos de 20% dos veículos que trafegam na rodovia Presidente Dutra pagam pedágio em função da concentração de carros nos trechos urbanos.
De acordo com informações obtidas pelo HOJE, o sistema a ser utilizado para a implantação teria como objetivo reduzir a tarifa dos pedágios com o pagamento de 100% dos usuários da via. Sendo os descontos para os motoristas realizados de forma gradativa até que a contagem seja totalmente zerada todo começo de mês. Procurada, a ANTT não se pronunciou sobre o assunto até o fechamento desta edição.
Guti diz ser contrário à cobrança e que vai buscar formas legais de impedi-la
Na sexta-feira (17), durante audiência público na ANTT para discutir os termos do novo edital, o prefeito Guti (PSB) se mostrou contra a instalação de uma praça de pedágio entre Guarulhos e São Paulo, e reivindicou melhorias para a cidade, como o aumento da vazão de 14 córregos sob a via Dutra para minimizar os problemas das enchentes.
A ideia inicial do governo federal, segundo a ANTT, seria autorizar a nova concessionária a implantar a cobrança de pedágio por quilômetros percorridos, de maneira proporcional ao uso, em um modelo chamado de “free flow”, que cobra por meio de antenas instaladas ao longo do percurso e leva em consideração os quilômetros utilizados pelo veículo. Isso valeria nos quilômetros iniciais da Dutra entre São Paulo e Guarulhos somente na pista expressa, sem qualquer implantação de praça de pedágio na pista marginal, a que é mais utilizada pelos guarulhenses para acesso à cidade e na ligação com a capital.
“Mesmo assim, somos contrários a qualquer tipo de cobrança que penalize as pessoas que moram ou trabalham em Guarulhos (…) Vamos buscar formas legais de impedir que se cobre qualquer valor aos guarulhenses ”, disse o prefeito.