Público poderá visitar de forma virtual o único zoológico de insetos do Brasil

Divulgação/Secretaria de Agricultura e Abastecimento
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Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), cerca de 90% dos museus do mundo fecharam durante a pandemia do novo coronavírus. O Museu do Instituto Biológico (IB), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, que realiza a mostra permanente Planeta Inseto, também teve que suspender as visitações em seu espaço físico. Porém, crianças e adultos apaixonados por insetos poderão conhecer melhor esses organismos em uma versão virtual do espaço, o único zoológico de insetos do Brasil.

Os interessados podem conferir as atrações desse espaço pela internet. O projeto faz parte do Venha Visitar Virtualmente (PVV), realizado pela Secretaria, que já disponibilizou visitação virtual do Museu de Pesca, mantido pelo Instituto de Pesca (IP).

Conteúdo

Os visitantes poderão ter acesso a informações sobre formigas, abelhas, bicho-da-seda, bicho-pau, baratas e besouros. Além disso, poderão conhecer os insetos de importância médica, saber o que é controle biológico e ver como funciona um laboratório entomológico.

“É possível ainda aprender as características que diferenciam um inseto de outros animais, como o corpo dividido em três partes [cabeça, tórax e abdômen], um par de antenas e três pares de pernas. Essa é uma das dúvidas mais comuns dos visitantes da exposição física”, conta Mário Kokubu, educador do Planeta Inseto e responsável pela pesquisa de conteúdo da exposição virtual.  No ambiente online, os visitantes podem ainda assistir a vídeos, ver fotos e toda a ambientação das salas físicas do Museu do IB.

De acordo com Harumi Hojo, coordenadora do Planeta Inseto e assessora da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), a visitação virtual é importante em curto prazo, devido à pandemia, mas também em longo prazo.

“Com esse projeto, pessoas de fora da cidade de São Paulo podem conhecer a exposição e saber mais sobre os insetos, que são muito importantes para o meio ambiente e para a produção agrícola. Sempre tivemos a preocupação de levar o Planeta Inseto para outros locais, por isso, temos o projeto de museu itinerante. Porém, essa virtualização, potencializará ainda mais nossas ações”, afirma.

Planeta Inseto

O Planeta Inseto é o único zoológico de insetos do Brasil. De forma lúdica e interativa, o público recebe informações sobre o quanto os insetos estão presentes no cotidiano e sua importância para o ambiente, a produção de alimentos e a saúde humana. Estima-se que existam mais de um milhão de espécies de insetos conhecidos e que haja mais milhões a serem identificadas.

A mostra tem como público-alvo crianças e adolescentes de três a 16 anos, mas recebe visitantes de todas as idades. O público pode conhecer no local, em São Paulo, quatro espécies de abelhas sem ferrão e baratas praticando corrida, lagartas tecendo fios de seda, formigas trabalhando em sistema organizado e o bicho-pau, que se assemelha a gravetos.

Sediada no Museu do Instituto Biológico, o Planeta Inseto conta com autorização de manejo e exposição de insetos emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Desde a inauguração, em 2010, o Planeta Inseto já recebeu mais de 400 mil visitantes no museu físico e itinerante. O espaço permanece com visitas presenciais suspensas por conta da pandemia.

Projeto

O projeto Venha Visitar Virtualmente (PVV) foi idealizado por Cibele Silva, bióloga e integrante do Centro de Comunicação e Transferência do Conhecimento do Instituto de Pesca, devido ao impedimento da visitação ao espaço físico neste momento de controle do contágio do novo coronavírus e para dar oportunidade a pessoas de fora da região e até mesmo do Estado de conhecer o acervo do Museu.

O Projeto VVV foi planejado e desenvolvido por Bruna da Silva, Gabriela Pereira e Raphaela Horti, estagiárias do Instituto de Pesca. Gabriela Pereira foi a principal responsável pelo desenvolvimento da mídia para virtualização e interatividade entre equipamento e visitante.

“Criar o mapa do museu em uma versão virtual, ainda mais interativo, foi um desafio para mim, pois não sou da área de informática. Porém, meus conhecimentos de design gráfico ajudaram na parte visual e, por ser estudante de Ciências Biológicas, meu entusiasmo em poder fazer parte de um projeto que comunica a importância da preservação do meio ambiente foi a grande motivação para aprender o que não sabia e conseguir fazer a entrega”, diz Gabriela.

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