Nesta segunda-feira (05), o Banco Central informou,
por meio de sua assessoria de imprensa, que registrou até as 18h30 de hoje um
total de 3,5 milhões de cadastros de chaves no Pix – o sistema brasileiro de
pagamentos instantâneos. Hoje é o primeiro dia de cadastramento das chaves. Não
há prazo para terminar. A avaliação do BC é de que os números representam um
sucesso para o primeiro dia de cadastro de chaves.
Desde a manhã de hoje, alguns clientes vinham
reclamado nas redes sociais de dificuldades para acessar alguns aplicativos de
bancos. A chave de usuário é um identificador de contas do Pix. O cliente pode
cadastrar um número de celular, e-mail, CPF, CNPJ ou um EVP (uma sequência de
32 dígitos a ser solicitada no banco). Por meio da chave, será possível receber
pagamentos e transferências 24 horas por dia, 7 dias por semana, todos os dias
do ano. O sistema começará a funcionar em 16 de novembro.
Como informou o Broadcast, sistema
de notícias em tempo real do Grupo Estado, Bradesco e Itaú Unibanco tiveram
instabilidade em seus aplicativos. Nenhum dos dois bancos, contudo,
relacionaram a intermitência a uma maior procura dos clientes para cadastrarem
suas chaves. O Bradesco informou que as equipes do banco estavam trabalhando
para normalização total dos serviços. Já o Itaú Unibanco disse que o acesso ao
aplicativo estava sendo restabelecido e que segue trabalhando para
“eliminar qualquer instabilidade que ainda possa ocorrer”.
Como informou o Broadcast, o BC
habilitou 677 bancos, fintechs e cooperativas para o lançamento do Pix. Até o
início da noite da última quinta-feira (1º), o BC havia publicado o aval para
apenas 11 instituições começarem a operar o novo sistema de pagamentos. O salto
do número de instituições habilitadas ocorreu na reta final, no fim da última
semana.
Dentre os cinco maiores bancos do País, o
Bradesco recebeu o aval na quarta-feira (30) para operar o Pix, enquanto Banco
do Brasil, Itaú e Santander foram autorizados na quinta-feira à noite. A Caixa
Econômica Federal foi a última a entrar na lista, na sexta-feira passada.
Essas instituições já vinham trabalhando para
atender às exigências do BC e passar por testes de estresse, que buscam avaliar
se elas estão preparadas para suportar determinado volume de pagamentos por
segundo. Esses testes são importantes para garantir a efetividade e a segurança
do Pix.
O sistema, que tem similares em outros países,
vai ser usado para permitir pagamentos e transferências bancárias em tempo
real. Os grandes agentes financeiros são obrigados a aderir, mas a ferramenta
atraiu um número expressivo de cooperativas, fintechs e financeiras.