Da Redação
redacao@guarulhoshoje.com.br
Após julgamento de recursos, o Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), obteve a condenação de investigados no âmbito da Operação Medlecy, deflagrada em maio de 2016. Os réus, envolvidos com organização criminosa voltada à venda no mercado paralelo de medicamentos de alto custo para tratamento de câncer, receberam penas que giram em torno dos 14 anos de prisão. Entre os condenados está o líder do grupo.
A Operação Medlecy deu cumprimento a mandados de prisão preventiva contra 11 pessoas e a 37 de busca domiciliar nas cidades de Bauru, Piratininga, Agudos, Arealva, Campinas, Jundiaí, Monte Mor, Ribeirão Preto, Araraquara, São Paulo, Osasco, Guarulhos e Goiânia, obtendo ainda o sequestro de bens. As investigações levaram a denúncias contra 15 pessoas.
Em sentença de agosto de 2018, o Juízo da 3ª Vara Criminal já havia condenado 11 pessoas por participação de organização criminosa, crime contra a saúde pública e receptação qualificada, aplicando penas que variaram entre dois e 17 anos de prisão.
“Com essa ação conjunta da CGA e do Gaeco, conseguimos descobrir um esquema de uso indevido de medicamentos de alto custo. Após a operação em 2016, verificamos que desvios de medicamentos também tinham ocorrido no estoque de dois hospitais do Estado”, declarou Ivan Agostinho, presidente da Corregedoria Geral da Administração (CGA), à época.
A operação foi um desdobramento das investigações iniciadas pelo Gaeco/Bauru em abril de 2015, que apurou a atuação de um grupo criminoso que estaria obtendo medicamentos de alto custo de origem ilícita (furto, roubo e desvio de órgão público) para, em seguida, por meio de empresas de fachada, promover a venda desses medicamentos a clínicas e hospitais. As vendas eram realizadas pelo escritório sediado em Bauru, onde inclusive atuavam os líderes da organização.