Um estudo realizado por pesquisadores britânicos concluiu que a primeira dose de uma vacina contra a covid-19 aumenta a proteção contra as novas variantes do coronavírus, mas apenas em pessoas que já foram infectadas anteriormente. De acordo com os cientistas que lideraram a pesquisa na Imperial College London, na Queen Mary University of London e na University College London, a resposta imune às variantes naqueles que ainda não tiveram a doença pode ser insuficiente. Os resultados do trabalho foram publicados na revista Science na sexta-feira, dia 30 de abril.
“Este estudo destaca a importância da segunda dose da vacina para proteger a população”, afirma a professora Rosemary Boyton, do Departamento de Imunologia e Medicina Respiratória do Imperial College London. Durante o estudo, os profissionais analisaram as respostas imunológicas em trabalhadores da saúde do Reino Unido após a aplicação da primeira dose do imunizante produzido pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech.
Os resultados da pesquisa estão relacionados às variantes do coronavírus da África do Sul e do Kent, mas os cientistas acreditam que a conclusão do estudo também se aplique a outras cepas do coronavírus em circulação, como a do Brasil (P.1) e as da Índia (B.1.617 e B.1.618).