O governador João Doria anunciou nesta quarta-feira (19) a realização de eventos teste em ambientes controlados a partir de junho. Segundo a secretária estadual do Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, a “força-tarefa” terá testagem rápida por antígeno (com resultado em cerca de 15 minutos), controle de público e acompanhamento dos participantes nas semanas seguintes.
“Para entender com cautela e responsabilidade o que pode avançar nas próximas etapas”, explica. O modelo ainda está em desenvolvimento e será anunciado nas “próximas semanas”, com a realização prevista para ocorrer em parceria com a iniciativa privada.
Número de internações está em curva ascendente desde 6 de maio
Na coletiva, o coordenador-executivo do Centro de Contingência, Paulo Menezes, admitiu que os dados da doença seguem em “patamares elevados”, tanto em internações quanto em óbitos e casos, mas avalia que a tendência é de estabilização nas próximas semanas. A média móvel de novas internações (calculada com dados dos últimos sete dias) relacionadas ao novo coronavírus no Estado está em uma curva ascendente desde 6 de maio, quando marcava taxa de 2.195 hospitalizações por dia, chegando a 2.376 na terça-feira, 18.
O número é superior ao pico da pandemia de 2020, quando chegou a 1.972 em 16 de julho, embora seja inferior ao auge desde ano, quando se alcançou o patamar de uma média de 3.999 hospitalizações em 26 de março. Além disso, a taxa é superior à registrada antes do agravamento da segunda onda, quando era 1 445 hospitalizações, em 16 de fevereiro. No início de novembro, essa média era de 840.
“Estamos cientes que estamos com números em patamares elevados”, afirmou João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência. Para ele, contudo, embora especialistas projetem a possibilidade de uma terceira onda, a tendência é de estabilização.
“Se nós tivermos uma garantia, uma segurança, de que 95%, 96% da população esteja usando máscaras, nós temos uma projeção positiva da pandemia. Se tivermos um comportamento das pessoas que são vacinadas de que não podem voltar à vida normal, que precisam ainda manter distanciamento, as medidas de precaução, nós vamos ter logo adiante redução do número de casos e redução do número de internações”, alegou.
“Países passaram por isso, e nós vamos passar também. Nós acreditamos que nos próximos 15, 30 dias, no máximo, até a metade do mês que vem, nós vamos conviver com números elevados”, comentou. Segundo ele, a velocidade de vacinação será uma das principais variáveis para a redução das taxas.
De acordo com a Secretaria da Saúde, a média de ocupação é de 79% em UTI. Ao todo, são 105.852 óbitos e 3.129.412 casos confirmados da doença no Estado, além de 10.129 hospitalizados em UTI e 11.983 em vagas de enfermaria.
Até as 12h21, o “Vacinômetro” estadual apontava 15.069.219 vacinas aplicadas contra a covid-19, das quais 5.147.899 de segunda dose.