O HOJE TV desta sexta-feira (01) prestou um importante serviço à população. O apresentador Maurício Siqueira entrevistou o economista Rogério Cardoso que explicou os principais motivos de os combustíveis e a carne estarem mais caros.
Segundo Cardoso, no caso dos combustíveis a Petrobras já afirmou que recebe cerca de R$ 2 por litro, sendo o restante do valor distribuído entre a tributação dos governos federal e estadual. “A logística influencia, mas é uma questão tributária. O país está aumentando a inflação, então os preços das mercadorias estão encarecendo e com o combustível não é diferente”, disse.
Ele ressaltou a questão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) tão discutido atualmente. “O ICMS é o maior vilão sim do aumento da gasolina em todo o país. Mas temos que lembrar que todo o ICMS que é recolhido no estado, 25% são revertidos para investimentos nas cidades nas áreas da saúde e educação”, explicou. Segundo ele, o fato de a arrecadação dos estados e municípios estar menor, devido à pandemia, faz com que o ICMS seja uma importante fonte de receita.
Já no que diz respeito aos altos preços das carnes a principal causa é o elevado custo da matéria-prima necessária para a alimentação dos animais. “Tanto o milho quanto a soja estão mais caros, então gasta-se mais para o cuidado com os animais. O frango e o ovo também estão aumentando e a inflação contribui para isso”, disse Cardoso.
Para o especialista não há perspectiva de redução dos preços, sendo a melhor alternativa a troca dos produtos por itens mais baratos.
Ele ressaltou, ainda, as medidas adotadas pelo governador João Doria de reduzir o ICMS, a partir de janeiro de 2022, de setores geradores de empregos, como indústria de petróleo e gás natural – que passará de 12% para isenção na aquisição de máquinas e equipamentos nas saídas interestaduais – e sucos e bebidas naturais – que passará de 13,3% para 3%.
Além disso, será antecipada desoneração de ICMS de 2023 para 2022 para diversos setores, como medicamentos – que terá isenção de ICMS – e veículos usados – que passará a ter alíquota de 1,8% -, além de alimentos e bebidas, indústria do agronegócio, reprodução animal, embarcações, arte e transportes metropolitanos.