Guarulhos Hoje

HOJE TV: Sindicalista fala sobre as medidas adotadas durante a pandemia

Comandado pelo jornalista Maurício Siqueira, o HOJE TV desta quinta-feira (7) contou com a participação de Josinaldo José de Barros, mais conhecido como Cabeça, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, que falou sobre a maneira que o sindicalismo se comportou durante a pandemia.

Na esteira da “maior crise sanitária da nossa época”, como chamou a Organização Mundial de Saúde (OMS), a economia brasileira mais uma vez não andou – ou melhor, foi para trás. E com o terceiro maior Sindicato dos Metalúrgicos da América Latina não foi diferente: tudo mudou, inclusive a relação entre empregador e empregado.

Segundo Cabeça, a pandemia pegou todo mundo despreparado. “Tanto o setor patronal quanto o dos trabalhadores. Ambos foram juntos aprendendo a sobreviver, seguindo as orientações que a ciência incumbia e com isso a relação de capital e trabalho teve que se aproximar pela dor, afinal muitas empresas não sabiam como ajudar os trabalhadores e nem a levar a informação em tempo rápido, com assessoria nessa parte da saúde. Como o sindicato tem um departamento de saúde, fomos nos aprofundar e, no começo, que estava todo mundo perdido, muita gente não sabia o que fazer com a crise que a pandemia causou”, disse.

“Muitas empresas pararam mesmo! As pequenas empresas pararam e o setor mais afetado foi o comércio. A pequena indústria também, afinal ela é quem abastece todo o sistema produtivo e muitas chegaram a deixar os trabalhadores em casa por vários dias, dar férias coletivas e aos poucos fomos achando formas de negociar acordos coletivos para que as empresas não tivessem tanto prejuízo. Não tem como deixar o funcionário em casa um mês, pagando o salário sem ter produção e sem ter vendas”, afirmou Cabeça.

Em um país com 212 milhões de habitantes nem sempre é fácil medir o que representam esses números milionários. Mas o impacto da pandemia no mercado formal não foi pequeno: mais de 4% dos postos com carteira assinada no país deixaram de existir em apenas quatro meses.

“Com isso fomos dando férias coletivas, fazendo banco de horas e orientando os trabalhadores. Nós tivemos caso de perdemos alguns trabalhadores, então fomos a campo informar e passar a conscientização que não adiantava a empresa liberar e eles ficarem procurando aglomerar”, disse Cabeça.

Ele ressaltou que o sindicato chegou a fechar, deixando os funcionários em casa vários dias e depois que todos tomaram a primeira dose da vacina retornaram. “Hoje, a maioria deles, já tomou a segunda dose. A vacina é o que está salvando vidas!”, afirmou.

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