O próximo domingo (14) é o Dia Mundial do Combate ao Diabetes Mellitus, enfermidade que não acomete apenas os humanos, mas também cães e gatos. Estabelecido o diagnóstico, deve ser iniciado imediatamente o tratamento para que o pet possa viver de maneira mais saudável, tendo mais qualidade de vida, segundo Silvana Badra, médica-veterinária e gerente de produto pet da MSD Saúde Animal.
Abaixo, a profissional esclarece alguns tópicos para que o tutor saiba mais sobre a doença e como cuidar melhor do seu animal diabético. Confira.
Como é o Diabetes Mellitus nos animais?
O Diabetes Mellitus é uma das endocrinopatias mais frequentes em cães e gatos. Na doença ocorre o aumento do nível de açúcar no sangue devido à perda ou disfunção da secreção da insulina e/ou diminuição da sensibilidade dos tecidos à ação da mesma.
De acordo com a médica-veterinária, a doença é classificada em dos tipos, o tipo 1 e o tipo 2. “O tipo 1, mais comum em cães, está relacionado com a perda ou disfunção da secreção de insulina, já o tipo 2, mais frequente em gatos, está relacionado com a diminuição da sensibilidade à insulina nos tecidos”, explica.
Quais são as causas e os principias sintomas?
De acordo com Silvana, existem diversas causas associadas a manifestação da doença. ” Nos cães a principal causa é a perda das células que produzem a insulina pela destruição imunomediada, já nos gatos, a doença está associada principalmente a eventos relacionados à obesidade.”
As manifestações clássicas do Diabetes Mellitus são excesso de sede e urina, aumento de apetite e perda de peso, mesmo com o aumento da ingestão de alimentos. “Se o animal apresentar algum desses sintomas é importante que o tutor procure um médico-veterinário para avaliação”, completa a profissional.
Meu pet foi diagnosticado com Diabetes Mellitus e agora?
Uma vez estabelecido o diagnóstico, o tratamento específico deve ser instituído associado a um manejo adequado do animal, garantindo assim uma boa qualidade de vida ao pet.
“O tratamento base é a insulinoterapia, que consiste na aplicação de insulina para controlar a glicemia do animal ao longo do dia, resultando na redução dos sintomas clássicos da doença e evitando o surgimento de complicações associadas à síndrome. Além disso, é importante o manejo adequado, o que inclui uma dieta específica e a realização de exercícios”, diz.
Atualmente, existem algumas opções de insulina no mercado, inclusive uma insulina veterinária, única no mercado. É importante conversar com o médico-veterinário para que ele oriente quanto à escolha do produto, bem como sua dose e frequência de administração, baseado no quadro do paciente, juntamente com os exames realizados”, reforça Silvana.
Além disso, o profissional deve orientar o tutor quanto ao manejo da insulina, como temperatura de armazenamento, homogeneização, seringa a ser utilizada e os cuidados durante a aplicação da insulina bem como o local onde ela deve ser administrada, garantindo assim que o tratamento resulte em um bom controle glicêmico, de forma que o pet possa viver saudável e feliz junto à família.
Você sabia? Existe um aplicativo que auxilia no cuidado dos animais diabéticos!
Você sabia que existe um aplicativo gratuito que auxilia o tutor nos cuidados com os cães e gatos diabéticos?
O Pet Diabetes Tracker é uma ferramenta que permite que o tutor acompanhe a rotina do animal, gerencie a ingestão de água – muito importante para os portadores da enfermidade -, o consumo de alimentos, a necessidade de exercício, a condição corporal, o peso e ainda dá um alerta quando os parâmetros de glicose no sangue e na urina estão em um nível crítico e o contato com o veterinário se faz necessário. Além disso, o aplicativo pode enviar essas informações direto para o médico-veterinário que trata o animal e agendar lembretes para consultas e pedidos de compra da injeção de insulina.
“Além de garantir um melhor acompanhamento do tratamento do pet, o aplicativo estreita o relacionamento do tutor com o veterinário do pet.”, o que é muito importante para o sucesso do tratamento, finaliza Silvana.