O secretário municipal de Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou nesta quinta-feira (2), que o surgimento da variante da covid-19 Ômicron, identificada pela primeira vez na África do Sul, impõe à cidade de São Paulo manter a obrigação do uso das máscaras ao ar livre e o cancelamento das festas de Réveillon na capital paulista. As medidas são baseadas no estudo da Coordenaria de Vigilância em Saúde (Covisa)
“O estudo indica que apesar de os dados serem estáveis e positivos, o surgimento da variante nos impõe a necessidade: primeiro, da manutenção do uso de máscara, mesmo em ambientes abertos, e segundo, a questão do cancelamento das festividades das festas de Réveillon”, declarou Aparecido, em entrevista à Globo News nesta manhã. De acordo com o secretário, o prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), recebeu o estudo na noite de quarta-feira (1º) e deve fazer o anúncio oficial nesta manhã, em Nova York, Estados Unidos, onde cumpre agenda com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
“O tempo todo o prefeito tem colocado que segue as orientações da vigilância sanitária para que a gente possa ter uma estratégia de proteção da população o mais eficiente possível”, afirmou.
Mais cedo, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que o Estado vai manter a obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre. A desobrigação do acessório estava prevista para ocorrer a partir do dia 11.
Casos confirmados
Aparecido afirmou que as equipes da Secretaria acompanham o casal que foi infectado com a Ômicron. O casal desembarcou no aeroporto de Guarulhos no dia 23, vindo da África do Sul e portando resultado negativo de teste RT-PCR. Dois dias depois, quando retornariam ao país africano, um novo teste feito no aeroporto deu positivo. Além deles, um outro caso foi confirmado ontem, sendo um homem que desembarcou em Guarulhos vindo da Etiópia.
De acordo com o secretário, o casal “passa bem” e está assintomático. Ele conta que o casal seguiu as recomendações e permaneceu em isolamento.