Diesel fecha o ano 46% mais caro do que em dezembro de 2020

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ano termina com o preço médio do diesel em estabilidade nos postos brasileiros (R$ 5,612), baixa de 0,08% em relação a novembro. Porém, considerando o valor cobrado em dezembro do ano passado, em que a média chegava a R$ 3,841, houve um acréscimo de 46,1% no preço, segundo levantamento da Ticket Log. O diesel S-10 também fechou com o valor estável, a R$ 5,676, baixa de 0,08% em relação a novembro, 46,6% mais caro se comparado a dezembro do ano passado.

Todas as regiões brasileiras registraram alguma queda ou estabilidade no valor do diesel comum ou do S-10, com exceção do Norte do País, que apresentou a maior média para o diesel comum (R$ 5,836) e para o diesel S-10 (R$ 5,892), com acréscimos de 0,03% e de 0,05% respectivamente. O Sul teve resultado inverso, sendo a região com a menor média no valor do diesel comum (R$ 5,197) e do diesel S-10 (R$ 5,247) e declínios de 0,29% e 0,23% nos valores, respectivamente.

Na análise por estado, o Acre comercializou o diesel comum pela maior média nacional, a R$ 6,337, e para o diesel S-10 (R$ 6,279). Já as menores médias foram encontradas no Paraná: R$ 5,108 para o diesel comum e R$ 5,162 para o S-10.

O diesel comum que registrou o maior aumento (2,04%) foi o de Roraima, passando de R$ 5,945 para R$ 6,066, enquanto o de maior redução no valor comercializado foi o do Amapá, que passou de R$ 5,856 para R$ 5,730, queda de 2,15%. O diesel S-10 com maior aumento no preço médio (0,99%) foi o de Roraima, que passou de R$ 5,964 para R$ 6,023. Já o S-10 com a redução mais expressiva, de 1,44%, foi encontrado em Goiás, e o valor que antes era R$ 5,692 passou para R$ 5,610.

“Apesar do indicativo de estabilidade no preço do diesel e respiro em relação às altas consecutivas que vimos nos últimos meses, as médias de valor do combustível estão altas e o brasileiro ainda sente no bolso, principalmente se comparado aos valores de um ano atrás”, destaca Douglas Pina, Head de Mercado Urbano da Edenred Brasil.

Diesel mais caro neste Natal

Nos dias 24, 25 e 26 de dezembro deste ano, feriado de Natal, o Índice de Preços Ticket Log (IPTL) também apontou que os postos de combustíveis comercializaram o diesel comum 45,3% mais caro se comparado ao mesmo período do ano passado, enquanto o diesel S-10 apresentou alta de 44,36%. No Natal de 2020, esses combustíveis custavam em média R$ 3,838 e R$ 3,917 e no feriado deste ano subiu para R$ 5,566 e R$ 5,654, respectivamente.

O Índice de Preços Ticket Log (IPTL) é levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da companhia, que administra 1 milhão de veículos, com uma média de oito transações por segundo.

Gasolina

Após um ano e sete meses de altas consecutivas, o preço do litro da gasolina recuou 1,14% em dezembro em comparação com o mês anterior. No período, a média nacional chegou a R$ 6,918, enquanto em novembro o preço médio foi de R$ 6,998. Em maio de 2020, último mês a registrar baixa no preço do combustível antes desta queda, o preço médio do litro era de R$ 4,01. As informações constam em levantamento feito pela ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas.

Obtidos por meio do registro das transações realizadas entre os dias 1º e 29 de dezembro com o cartão de abastecimento da ValeCard em cerca de 25 mil estabelecimentos credenciados, os dados mostram que alguns Estados brasileiros registraram queda no valor do combustível. Destes, Distrito Federal (-4,24%), Rio Grande do Norte (-3,27%), e Goiás (-2,59%) tiveram as maiores quedas no preço. Ainda assim, alguns estados registraram alta, como Amapá (2,87%), Roraima (2,02%) e Rondônia (0,70%).

Entre as capitais, o valor médio do combustível foi de R$ 6,885. Rio de Janeiro (R$ 7,266) e Aracaju (R$ 7,167) foram as que apresentaram maiores preços em dezembro. Já os menores valores médios foram encontrados em Curitiba (R$ 6,312) e Macapá (R$ 6,361).

Etanol não é vantajoso em nenhum Estado

O preço médio do etanol no País no mês de dezembro foi de R$ 5,204. Apesar da sequência de altas, a gasolina ainda segue sendo mais vantajosa para se abastecer o veículo em todo o País. O método utilizado nesta análise, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, é de que, para compensar completar o tanque com etanol, o valor do litro deve ser inferior a 70% do preço da gasolina.

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