Apresentado pelo jornalista Maurício Siqueira, o HOJE TV desta segunda-feira (21) contou com a participação de Marcos Ninzoli, que é transplantado e dependente de imunossupressor, que explicou sobre a realização da sua nefrectomia, procedimento cirúrgico para remover parte de um rim. O método é realizado frequentemente para tratar o cancro do rim, bem como outras doenças renais e lesões que impedem o correto funcionamento do mesmo.
De acordo com Ninzoli, a síndrome dos rins policísticos é uma condição que se manifesta em ambos os sexos e possui como principal característica a formação de inúmeras dilatações semelhantes a bolhas de diferentes tamanhos, em alguma parte do néfron e se trata de um problema genético. “Minha mãe, infelizmente, teve esse problema. Inclusive veio a falecer após cinco anos fazendo hemodiálise, não resistiu e teve um acidente vascular cerebral (AVC) muito forte, nos deixou há 26 anos. Depois disso, comecei a estudar nefrologia por conta própria”, explicou.
Nefrologia é a especialidade médica que se ocupa do diagnóstico e tratamento clínico das doenças do sistema urinário, em especial o rim. Dependendo da indicação cirúrgica, o procedimento envolve a remoção apenas da parte danificada de um rim ou de todo o órgão, podendo ainda implicar a remoção da glândula suprarrenal circundante e gânglios linfáticos.
“Tenho essa doença e a minha irmã não, porque ela pegou as características genéticas do meu pai. Já o meu irmão, agora está fazendo hemodiálise. É uma doença que não tem um tratamento que não seja paralisação do rim, ele vai crescendo, perdendo a função até que a pessoa dependa de uma máquina que faz a hemodiálise. Para resolver é somente com o transplante”, acrescentou.
Segundo Ninzoli, uma peculiaridade da doença é que, com o tempo, o rim vai crescendo e perdendo sua principal função à medida que cresce, ocupando um espaço muito grande. “Às vezes há necessidade de fazer uma nefrectomia, ou seja, procedimento cirúrgico para remover a totalidade ou parte de um rim. Eu mesmo tive que fazer essa retirada”, afirmou.
No transplante renal, um rim saudável de uma pessoa viva ou falecida é doado a um paciente portador de insuficiência renal crônica avançada. Através de uma cirurgia, esse rim é implantado no paciente e passa a exercer as funções de filtração e eliminação de líquidos e toxinas. “Hoje sou transplantado e tenho apenas um rim. Cerca de 50% do que eu recebi da minha esposa, que em mim funciona 100% e o dela também. Nós temos limites de alimentação, de tolerância e a dependência dos imunossupressores (medicamentos que evitam a rejeição do órgão transplantado)”, ressaltou ele.
O programa vai ao ar de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 9h, e pode ser acessado no Facebook (guarulhoshoje), YouTube (HOJE TV) ou pelo site www.guarulhoshoje.com.br.