O Corpo de Bombeiros ainda realiza, nesta quinta-feira (28), o trabalho de rescaldo no galpão que pegou fogo na noite de ontem na região da Vila Barros. A instalação, localizada na rua São Miguel dos Campos, funcionava como transportadora e depósito para armazenamento de plásticos em geral, como utensílios domésticos e brinquedos.
São mais de 14 horas de trabalho contínuo dos bombeiros. O incêndio começou por volta das 19h30 desta quarta-feira (27). Uma mulher foi atendida por ter inalado a fumaça, a mesma foi liberada no local. Não houve vítimas.
João Carlos Montruan contou ao HOJE que no local funcionava uma transportadora de produtos importados da China. “Eu estava dentro de casa quando passou um motociclista gritando que estava pegando fogo na rua. Foi quando saímos e vimos a situação. As pessoas das casas mais próximas começaram a jogar os botijões de gás para o lado de fora. A sorte das casas que ficam coladas no muro é que foi feito um corredor e não tinha nada encostado nas paredes, mas se tivesse o estrago seria maior”, afirmou o morador.
Rosa Maria, uma outra moradora da região, explicou que ela não chegou a ver nenhum balão, mas que alguns vizinhos disseram ter visto um de pequeno porte cair. “Precisava ver o calor que estava nessas casas aqui de trás, muito quente mesmo! Os bombeiros precisaram entrar nas casas com as mangueiras para ter acessos em alguns pontos do galpão. Tem um imóvel que está com a estrutura muito comprometida. Os blocos estão todos pela metade, as caixas d’água derreteram por causa das chamas. Acabaram de ligar a energia elétrica novamente, ficamos a noite e a madrugada inteira sem luz. O negócio aqui foi muito feio!”, ressaltou ela.
Para combater o fogo no local, foram necessárias 28 viaturas do Corpo de Bombeiros e 90 militares. Além do apoio da Polícia Militar (PM), Guarda Civil Municipal (GCM), Defesa Civil, prefeitura, EDP e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
“Teoricamente o incêndio já acabou, apesar de ter tomado uma boa parte da empresa não há vítimas. Assim que nós terminarmos, virá a perícia para podermos finalizar a ocorrência. Toda a estrutura da parte de trás dos imóveis que fazem fundo com a lateral do galpão foi atingida pela caloria do fogo, mas quanto a danificação da estrutura ainda não foi avaliada pela Defesa Civil”, disse o 1º Tenente PM Felipe Flora do Corpo de Bombeiros.
Ainda de acordo com o tenente, o Corpo de Bombeiros ainda não sabe qual foi a causa principal. “A gente ainda não consegue saber se foi mesmo um balão por causa da área tomada pelo fogo, o que dá para perceber é que tanto os veículos que estavam aqui quanto o galpão, foram inteiros tomados. Se foi mesmo um balão, ele deve ter caído e conseguiu tomar a maior parte da carga de incêndio e se alastrar por toda a extensão dos aproximados 4 mil m². O terreno inteiro tem cerca de 5.400 m²”, finalizou Flora.