“O caso Henry Borel é um dos crimes mais bárbaros que já aconteceu em nosso país e que causou uma repercussão nacional e internacional”, afirmou Cristiano Medina da Rocha, advogado criminalista, que foi o entrevistado desta sexta-feira (20) no HOJE TV, apresentado pelo jornalista Maurício Siqueira.
Para ele, Jairo Souza Santos Junior, padrasto de Henry e ex-vereador do Rio de Janeiro, também conhecido como Jairinho, é um homem de alta periculosidade, tático e cruel. Antes dos crimes praticados contra o menino, existem mais três episódios de tortura que ele já havia cometido anteriormente, crimes estes semelhantes, porém com outras crianças, filhos de namoradas anteriores. Medina expôs também que Monique Medeiros, mãe do menino, é tão perigosa quanto o Jairinho. “Ela é uma pessoa extremamente manipuladora”, disse.
De acordo com Medina, Leniel Borel, pai do garoto, começou a desconfiar das agressões por conta da postura do filho após o início do relacionamento de Monique com Jairinho. “O garoto já não queria mais voltar para a casa da mãe. Nos dias que antecederam os fatos, ele começou a vomitar quando via o Jairinho e quando estava retornando para a residência de Monique. O garoto chegou a comentar com o pai que o Jairinho havia dado um abraço muito forte nele e que tinha o machucado. Imediatamente, Borel fez contato com Monique e foi até os dois, para saber o que estava realmente acontecendo. Jairinho, de uma forma muito tranquila, disse que aquilo não havia acontecido, mas que o pai poderia ficar sossegado que nunca mais ele iria abraçar o Henry”, explicou.
No dia da morte de Henry, Leniel recebeu uma ligação pedindo para que fosse imediatamente ao hospital. “Nessa ligação, disseram que o garoto estava passando mal e lá chegando, ele viu as médicas tentando de tudo para reanimá-lo, mas ele não resistiu. A versão inicial que Jairinho e Monique haviam levado para as médicas era de que o garoto tinha caído da cama”, ressaltou o advogado.
Ainda segundo Medina, durante os depoimentos, as médicas disseram que Henry já tinha chegado morto ao hospital. “As três profissionais disseram que o menino já estava em estado de rigidez cadavérica. Essa condição começa a ocorrer depois de duas horas da morte. Se eles ouviram a criança caindo da cama no outro quarto e se do apartamento até o hospital são 10 minutos de carro, como é que o garoto já chegou com rigidez cadavérica?”, indagou.
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