Setembro Amarelo: a valorização da vida

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No ranking do Ministério da Saúde, o suicídio entre jovens de 15 a 34 anos de idade destaca-se como a quarta causa de morte mais frequente no Brasil. O suicídio é tido como séria questão de saúde pública. Estimativas da OMS demonstram que para cada suicídio existem dez tentativas graves que exigem atendimento médico, e para cada tentativa registrada, há outras quatro não conhecidas. A Associação Brasileira de Psiquiatria, em parceria com o Conselho Federal de Medicina, destinou o dia 10 de setembro para o Dia Nacional de Prevenção ao Suicídio, ilustrando a campanha com o tema “Setembro Amarelo”. O objetivo é buscar a conscientização da sociedade sobre a importância de disseminar as informações sobre os fatores de risco do comportamento suicida e orientar a população quanto ao tratamento adequado às pessoas propensas a praticar o ato intencional de tirar a própria vida. A sociedade atual é marcada por profundas transformações velozes, nos âmbitos tecnológico, industrial e econômico, que modificaram o modo de pensar e de viver das pessoas, afastando-as das atividades culturais e intelectuais. É comum as pessoas sentir-se socialmente isolada, mesmo que rodeada de muita gente. A grande massa da juventude deixou de se relacionar pessoalmente, elegendo os aplicativos como WhatsApp e redes sociais como seus sentidos de visão e audição, anulando por completo o tato e o olfato, antes utilizados no contato pessoal. Esses padrões de relacionamentos, somados a outros fatores como crise econômica, péssima qualidade de vida, falência da instituição familiar e ausência de crença em um ser supremo, acabam por criar propensos suicidas. Estudiosos apontam a solidão, depressão, saúde debilitada, dificuldades financeiras e profissionais, bullying, conflitos na adolescência, perdas afetivas, timidez e vício em drogas como as dez principais causas do suicídio. Pesquisas da Associação Brasileira de Psiquiatria indicam que a maioria dos suicidas apresenta doenças mentais não tratadas, como, depressão, transtorno bipolar, vício em álcool ou substâncias entorpecentes, transtorno de personalidade e esquizofrenia. Fora os casos de suicídios causados por problemas psíquicos. É comum nos dias atuais criminosos instigando crianças e jovens adolescentes por meio virtual, como a baleia azul e a boneca virtual momo. É importante frisar que induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça é crime, apenado com reclusão de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou de um a três anos, se da tentativa resulta lesão corporal de natureza grave. Me solidarizo com a campanha “Setembro Amarelo” e rogo para que nossos governantes criem um plano nacional de prevenção ao suicídio e passem a investir em campanhas de acesso a terapias voltadas aos problemas mentais, como psicológicas, psiquiátricas, quânticas (HQI) etc, e disseminem informações voltadas ao combate ao suicídio, valorizando a vida.

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