A linha de pobreza adotada para a identificação da população em situação de pobreza no Brasil é aquela utilizada pelo Banco Mundial. “Em valores atuais, considera-se pobre no país aquele indivíduo que vive com menos de R$ 457 ao mês. Com isso, o endividamento vem estrangulando as famílias brasileiras por conta da inflação”, afirmou o economista Rogério Cardoso, entrevistado no HOJE TV desta terça-feira (5).
De acordo com Cardoso, a extrema pobreza, por sua vez, está situada abaixo do valor de R$ 154 mensais. “Vivemos uma pandemia e, logo na sequência, uma guerra entre Rússia e Ucrânia, que elevou a inflação no mundo todo e tem atingido diversos países, criando uma instabilidade mundial”, explicou.
As parcelas de famílias endividadas (com dívidas em atraso ou não) e inadimplentes (com dívidas e contas em atraso) atingiram os maiores valores em 12 anos, em abril deste ano, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). “O cenário dos endividados não é um problema único do Brasil. Nós estamos com a economia do país igual a de todo o resto do mundo. Só que, dentro deste panorama, o país ainda está bem melhor. Porém, temos dois cenários atualmente: muitas famílias endividadas por conta dos resquícios da guerra e os problemas que acontecem no exterior”, finalizou o economista.
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