Vinte e oito de agosto é o Dia Nacional do Voluntariado, data criada para lembrar e incentivar práticas solidárias. A celebração ganha ainda mais notoriedade com o aprofundamento da crise sanitária e econômica, que levou à perda de renda e aumento das desigualdades.
Apesar deste quadro, sete a cada dez brasileiros (71%) alegam ter dificuldade em atuar como voluntário. As principais razões apontadas pela parcela que nunca fez qualquer atividade neste sentido são a falta de oportunidade (35%) e de tempo (32%), conforme pesquisa Voluntariado na Educação, realizada pelo Datafolha, com apoio do Itaú Social.
No entanto, cada vez mais brasileiros estão se dedicando em atuar em comunidades e organizações da sociedade civil, como mostra a pesquisa “Voluntariado no Brasil”, realizada pelo Datafolha e IDIS (Instituto para o Desenvolvendo do Investimento Social). O estudo registrou que nos últimos 30 anos, o número de pessoas que realizam ou já realizaram alguma ação solidária subiu de 18% para 56%.
“As ações solidárias não têm a força de mudar o cenário econômico brasileiro, mas conferem um senso de urgência para reduzir os impactos dessa crescente desigualdade social. Quando realizada de forma qualificada e com constância, o voluntariado tem um potencial transformador”, destaca a superintendente do Itaú Social, Angela Dannemann.
A voluntária Jéssica Katherine Moura de Almeida, iniciou sua trajetória no voluntariado em 2019 no Comitê Mobiliza Maceió (AL). Desde então, conseguiu acompanhar de perto o impacto que a ação solidária exerce no território.
“A mudança ocorreu não apenas para as famílias que receberam o apoio, mas também para os voluntários que se dedicaram às ações. Notamos que essas iniciativas criaram um elo de empatia e amor com todos os envolvidos. Percebemos ainda que os moradores da comunidade beneficiada se mobilizam mais, tornando cada nova ação cheia de gente disposta a ajudar”, comenta Jéssica.
Os Comitês Mobiliza são formados por grupos de colaboradores e aposentados do Itaú Unibanco, apoiados pelo Itaú Social. As ações são abertas para todos que tem interesse em praticar atividades solidárias e ocorrem em parceria com escolas, organizações da sociedade civil e outras instituições.
Novo no Comitê Mobiliza de Uberlândia, o voluntário Flávio Mata já tem um histórico de 20 anos em ações sociais e está entusiasmado em poder fazer ainda mais para a sua comunidade “Temos previsto para setembro uma ação em uma escola pública com mediação de leitura. Também elaboramos um planejamento para realizar uma ação na casa acolhedora de crianças e adolescentes”.
É possível acompanhar e se engajar no trabalho desses voluntários por meio da plataforma Mobiliza, que reúne oportunidades de atuação em ações em todas as regiões do Brasil. A iniciativa visa ampliar e facilitar o acesso às informações, reunindo as possibilidades de ações solidárias em um único ambiente.
Para quem deseja começar no voluntariado
No Polo, ambiente de formação do Itaú Social, o interessado pode realizar o percurso formativo Voluntariado, que contém dois cursos, cinco materiais informativos, com vídeos, estudos e artigos que oferecem informações, orientações e dicas sobre como realizar uma ação voluntária que impacte positivamente o território. A formação é gratuita e certificada.
Conheça 10 formas de participação de atividades voluntárias:
- Ministrar aulas ou palestras (exemplos: português, matemática, línguas, informática, gestão, finanças etc.);
- Realizar oficinas variadas (ex.: música, artesanato, costura, recreação etc.);
- Organizar workshops com temas aderentes ao perfil de cada público (ex.: educação financeira, consumo consciente, planejamento familiar etc.);
- Criar bibliotecas e organizar campanhas de arrecadação de livros/ler para crianças, idosos e pessoas com deficiência visual;
- Realizar atividades esportivas em escolas e eventos locais, inserindo assim práticas esportivas na rotina de crianças, jovens e adultos;
- Organizar gincanas, corridas e competições variadas;
- Promover orientações e palestras diversas: higiene, saúde bucal, DST, prevenção de doenças, aleitamento materno, entre outros temas;
- Organizar oficinas de educação socioambiental;
- Organizar campanhas para reciclagem de materiais específicos como garrafas pet, lacres, latinhas, lixo eletrônico, óleo de cozinha, entre outros;
- Realizar mutirões de limpeza e arborização de ruas, praças, praias, rios e lagos.