Coluna 35

- PUBLICIDADE -

Painel da discórdia

Na sessão de segunda-feira, 29, da Câmara, o vereador Gilvan Passos exaltou na tribuna a ação promovida pelo Instituto Remar, que tem colocado na porta dos hospitais Pimentas e HMU, todas as manhãs, uma van servindo, gratuitamente, café, pão com manteiga e bolacha para pacientes e acompanhantes que não teriam recursos para esse pequeno lanche durante o período de espera pelo atendimento. Durante a fala do vereador, uma imagem foi projetada no telão do plenário e iniciou-se a confusão. Márcia Taschetti e Lucas Sanches deram início à sessão confusão ao questionarem o presidente Martello sobre a possibilidade de igualmente usarem o telão pra projetar imagens que julgassem igualmente importantes. Martello, “democraticamente” informou que ele é quem decidirá o que será ou não tolerável ir para o sistema de audiovisual.

Café Grátis?

O projeto do Instituto Remar, Anjos do Dia, foi criticado pela vereadora Márcia Taschetti que afirmou o desvirtuamento da benemerência. Segundo ela, políticos estariam se beneficiando da ação para distribuição de santinhos e captação de possíveis votos. Instada a comprovar o dito, Márcia voltou à tribuna nesta quarta-feira e mostrou que “santinhos” do candidato a deputado estadual, Miguel Gomes, do PMN, estavam realmente sendo distribuídos no local. Na propaganda, ainda consta a foto do Dr. Júnior Correia como seu apoiador. O problema é que o médico também é diretor do hospital e foi citado pelo instituto como sendo um dos agentes que aderiram e autorizaram a implantação do Anjos do Dia. Resultado: o serviço benemerente (pero no mucho) foi suspenso e pode voltar após as eleições. Só aí saberemos das reais intenções de todos.

Moradia

O Judiciário foi alvo dos vereadores na sessão de ontem, por conta de decisão do MM. Juíz Rafael Tocantins Maltêz, da 2ª Vara da Fazenda Pública, que determina a remoção de várias famílias que estão assentadas há vários anos na região que compreende o Recreio São Jorge, no Cabuçu. O tema foi levantado por Thiago Surfista, mas praticamente todos os vereadores se mostraram indignados com a decisão e se colocaram à disposição da população para tentar resolver a questão. Muitos discursos e pouca ação, pois o processo rola desde 2011 e ninguém, nem Executivo nem Legislativo, resolveram o problema nesses 11 anos. Discurso divergente da ação é mesmo rotina na vida pública.

- PUBLICIDADE -