A pesquisa realizada no período de 10 a 26 de agosto, ouviu 76 hospitais privados, sendo 25% da capital e 75% do interior, que somam 2.864 leitos de UTI e 7.376 leitos clínicos, sendo que todos mantêm serviços de urgência/emergência.
Questionados sobre o atendimento de pacientes com suspeita de Monkeypox, 43,42% relataram que atenderam pacientes suspeitos dessa doença. No entanto, 90,91% informam que os atendimentos não resultaram em internação o que sugere que a doença tem infectado as pessoas com menor gravidade.
A maior dificuldade dos hospitais relacionada ao Monkeypox foi referente ao diagnóstico: 51,61% têm dificuldade no exame laboratorial e 41,93% no disgnóstico médico por se tratar de uma doença nova.
No Brasil, há 5.037 casos confirmados da doença segundo boletim MS do dia 31/8 e 50 mil casos no mundo segundo a OMS.
Para orientar os serviços de saúde, o SindHosp realizou webinar com especialistas e infectologistas informando sobre aspectos clínico e epidemiológico da doença e seu diagnóstico laboratorial e realiza postagens em suas redes sociais e site para oferecer informações e explicar procedimentos sobre a nova doença.
Segundo o médico Francisco Balestrin, a Pesquisa SindHosp objetiva colher informações relevantes sobre os atendimentos nos hospitais privados paulistas, procurando detectar problemas e tendências, cujos dados têm auxiliado gestores públicos e privados e orientado a opinião pública por meio da imprensa.
Quais doenças prevalecem nas urgências?
46% dos hospitais apuraram que o atendimento prevalente no setor de urgência/emergência são as complicações relacionadas a doenças crônico-degenerativas como câncer, diabetes e hipertensão. Já 25,5% relatam que prevalecem pacientes com outras síndromes respiratórias que não Covid-19; e 20% detectam traumas e urgências cirúrgicas como predominante nos atendimentos de urgência. Pacientes com suspeita Covid-19 sumiram dos serviços de urgência. Apenas 3,76% relatam a Covid-19 como principal atendimento.
Pesquisa indica fase de declínio da Covid-19 Todos os hospitais da pesquisa (100%) relataram que a ocupação de leitos UTI por pacientes Covid-19 está abaixo de 20% e que o tempo de internação caiu para 7 dias para 84% dos hospitais. Em pesquisa recente, as internações chegavam a 14 dias. A faixa etária dos pacientes em UTI Covid-19 para 62% dos hospitais é dos 60 aos 80 anos.
81% dos hospitais informam que os maiores problemas enfrentados nesse momento no atendimento médico-hospitalar referem-se a falta, aumento e dificuldade de importação de medicamentos , materiais e equipamentos: aumento de preços de materiais e medicamentos (33%), falta ou dificuldade de aquisição de materiais e medicamentos (18%), falta ou dificuldade na aquisição de medicamentos (17%) e dificuldade na importação de produtos (13%). Outros 15% relatam o afastamento de médicos e profissionais de saúde por Covid.
Quais medicamentos estão em falta ou com estoque abaixo do nível de segurança?26% dos hospitais relatam a Dipirona; 17% informam que são os meios de contrastes para exames radiológicos; 14% os aminoglicosídeos em geral; 14% antibióticos; 14% soluções parenterais e 12,5% Neostigmina