A Polícia Civil de São Paulo prendeu na manhã desta sexta-feira (09), a ex-subprefeita da Lapa, Fernanda Maria de Lima Galdino em nova etapa da Operação Vesúvio, que apura denúncias de cobrança de propinas na Subprefeitura do bairro da zona oeste de São Paulo em troca da emissão de alvarás. Fernanda é esposa do vereador Geleia Protetor (PSDB).
A prisão aconteceu no apartamento de Geleia no Jardim Flor da Montanha. Ela foi encaminhada para prestar esclarecimentos na Divisão de Capturas do Departamento de Operação Policiais Estratégicas (Dope). A ofensiva é coordenada pela delegada Ivalda Aleixo da Dope.
O Ministério Público denunciou ela e outras duas pessoas acusadas de usarem a estrutura da Subprefeitura da Lapa para venderem alvarás e cobrarem propinas de comerciantes. Além de Fernanda, também se tornaram réus pelo mesmo crime seu ex-coordenador de planejamento, Rogério Marin, e Agnaldo Biasoli, que não é funcionário público, mas, segundo MP, se apresentava como um intermediário que facilitava a expedição de alvarás para a realização de eventos na região.
Na primeira etapa ostensiva das apurações, aberta no dia 23, dois investigados foram presos temporariamente. Fernanda foi exonerada da subprefeitura um dia após a operação. Na ocasião, ainda foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão no Tatuapé, Penha e Lapa. Mais de R$ 30 mil e US$ 12 mil em dinheiro vivo foram apreendidos.
O inquérito foi aberto a partir de uma denúncia de corrupção enviada em abril pelo vereador Delegado Palumbo (MDB). A investigação é conduzida pelo Grupo Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (Gedec) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo.
O HOJE tentou contato com o vereador Geleia que não atendeu as ligações e nem respondeu as mensagens.