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Negócio sobre rodas avança como opção prática

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O Brasil é um dos países mais empreendedores do mundo. De acordo com estudo feito pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em 2021, o país ocupou o 5º lugar no ranking global na taxa de empreendedorismo. No ano passado, foi registrado recorde de abertura de novos negócios. E, para este ano, a expectativa é de um novo crescimento expressivo.

Dentro deste contexto de expansão da atividade econômica brasileira, as unidades móveis representam uma alternativa bastante interessante para quem está pensando em empreender ou diversificar sua atuação profissional. Desenvolver um negócio sobre rodas é uma estratégia cada vez mais comum entre os empreendedores. O comércio e a prestação de serviços itinerantes se destacam pela mobilidade e por proporcionar a comodidade de poder levar os produtos e os atendimentos até seus clientes. Além de ser uma ótima estratégia para promover o nome da empresa.

“São muitas as vantagens. A versatilidade do empreendimento permite prospectar clientes em qualquer lugar. Some-se a isso a isenção de taxas e impostos municipais, já que o negócio não depende de um ponto fixo, e a redução de custos e burocracias, visto que a unidade já é entregue com todas as documentações e normas regulamentadas”, aponta Robson Igepi, diretor-executivo da Athos Brasil, empresa especializada na produção de unidades móveis.

Segundo ele, essa modalidade de empreendedorismo tem sido utilizada para viabilizar projetos dos mais diversos segmentos. Robson cita como exemplos pedidos recentes recebidos pela empresa que vão desde a adaptação de ônibus para o desenvolvimento de atividades corporativas de terapia ocupacional, atendimentos de pet móvel, serviços oftalmológicos, trabalhos sociais de apoio aos moradores de rua, motorhome (casa sobre rodas) até camarim móvel para acompanhar as turnês de artista famoso pelo Brasil afora.

Mercado em expansão

A adaptação do empresário com o modelo de negócio móvel vem ganhando espaço no mercado nacional. Segundo Robson, isso se dá por duas razões principais. “É uma modalidade que faz sucesso há anos na Europa e na América do Norte. Lá, isso já é tradição. E chegou com força no Brasil”, diz. “A outra razão é que o empresariado brasileiro vem entendendo que a mobilidade, a rápida disponibilidade e o atendimento imediato geram retornos expressivos.”

De acordo com ele, essa foi uma valiosa lição aprendida durante a pandemia. “A necessidade de adaptar o negócio para sobrevivência diante das dificuldades sofridas com o período pandêmico, fez com que a grande massa do empresariado, formada por micros e pequenos empreendedores, descobrisse que pode levar a empresa onde o seu cliente estiver e onde ele terá maior comodidade de consumo dos seus produtos e serviços”, afirma.

Robson revela que, mesmo com as restrições provocadas pela pandemia, as unidades móveis não sofreram nenhuma limitação, visto que seu atendimento é, na maioria das vezes, realizado em ambiente aberto. “É a famosa lei de repetir o que deu certo. Outros empresários viram a mudança e a virada de jogo que alguns empreendedores conseguiram com o uso de unidades móveis e procuraram fazer a mesma coisa”, menciona.

No mercado desde 2011, a Garen Automação, empresa do ramo de automação e controle de acesso, optou recentemente pelo emprego de unidade móvel nos treinamentos de capacitação oferecidos aos seus clientes. De acordo com Junior Mattos, gerente de marketing, a decisão deu tão certo que a empresa viu triplicar sua demanda. “Com o uso da unidade móvel, conseguimos levar capacitação técnica para clientes em vários cantos do Brasil onde não tínhamos condições antes”, afirma. Segundo ele, o treinamento sobre rodas tornou-se um grande sucesso. “Além de ser algo inovador, dá uma dimensão maior para a empresa, com um toque de modernidade”, avalia.

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