O Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central, soma 26 bilhões de transações desde o seu lançamento (em 16 de novembro de 2020) até setembro passado, de acordo com levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Os valores transacionados através da ferramenta chegaram a R$ 12,9 trilhões no mesmo período.
Desde fevereiro de 2022, o Pix é o meio de pagamento mais utilizado no Brasil, à frente dos cartões de crédito. Anteriormente, já havia ultrapassado os cartões de débito, boletos e ainda o TED e o DOC – modelos de transferência de recursos em funcionamento há mais tempo.
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, afirma que o crescimento do Pix mostra a aceitação popular da ferramenta. Segundo ele, só nos últimos 12 meses as operações utilizando o sistema cresceram 94%.
Em setembro, as transações via Pix movimentaram R$ 1,02 trilhão, com tíquete médio de R$ 444. A TED teve volume financeiro maior, de R$ 3,4 trilhões, graças a um valor médio por transferência também mais alto, de R$ 40,6 mil. “Os números mostram que a população está usando o Pix como meio de pagamento de menor valor, como em transações com profissionais autônomos, e também para compras do dia a dia que seriam feitas com notas”, afirma Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban.
O levantamento da entidade mostra ainda que, em setembro, 43% dos usuários do Pix estavam na região Sudeste, enquanto o Nordeste concentrava 26% deles. No Sul, eram 12%, e no Norte, outros 10%. Dos usuários do sistema, 64% tinham entre 20 e 39 anos de idade.
Desde o lançamento do sistema, 523,2 milhões de chaves Pix foram cadastradas no diretório do BC. A maior parcela (213,9 milhões) era formada pelas chaves aleatórias, seguida por CPFs (114,2 milhões), números de celular (108,3 milhões) e e-mail (77,5 milhões).