Em 2021, 85% dos domicílios possuíam acesso à Internet no Estado de SP

Foto: Marcos Santos/USP Imagem
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Os resultados provenientes das edições 2019 e 2021 da pesquisa TIC Domicílios sinalizam expansão da cobertura de Internet nos domicílios, incremento da rede de banda larga física e da conectividade por smart TVs e redução do número de residentes que nunca acessaram a Web. O estudo é fruto da parceria entre o Seade e o Cetic.br|NIC.br, que analisa as atividades realizadas na Internet pelos residentes no Estado de São Paulo.

Em 2021, 85% dos domicílios do Estado de São Paulo possuíam acesso à Internet, o que corresponde a uma estimativa de 13,2 milhões de residências, revelando um significativo incremento em relação a 2019, em que a proporção era de 76%.

A expansão do acesso verificada no biênio foi acompanhada de mudanças na tecnologia de conexão à Internet nos domicílios paulistas, com incremento da banda larga fixa, que passou a representar 74% da principal conexão nos domicílios com acesso à Internet (aumento de 8 pontos percentuais) e redução da conexão via rede móvel por modem ou chip 3G ou 4G, presente em 15% desses domicílios (decréscimo de 7 p.p.). Os dados sugerem que houve um aumento da demanda por uma conexão de maior qualidade nos domicílios, em um período marcado pela migração de diversas atividades de trabalho, educação, cultura e lazer para o ambiente digital.

Contudo, a penetração da conexão via cabo ou fibra óptica ainda é desigual entre os estratos de classe e renda, alcançando a quase totalidade das classes A/B e praticamente metade dos domicílios das classes D/E.

Não obstante os efeitos inflacionários da pandemia, essa maior presença da banda larga fixa nos domicílios também foi acompanhada do aumento dos gastos dos paulistas com a conexão de Internet. De fato, elevou-se em 10% a quantidade de domicílios que gastam de R$ 101 a R$ 150 para sua conectividade, enquanto diminuiu a proporção de residências que despendem até R$ 60 para acessar a Web.

Apesar do aumento da proporção de domicílios conectados à Internet, é notável que em 37% das unidades (cerca de 5,7 milhões de residências) há conexão com a rede, mas não a presença de computadores. Isso sugere um acesso à Web apenas pelo celular nesses domicílios, o que limita atividades como educação e trabalho remotos.

Acesso individual à Internet

A migração de atividades como serviços, trabalho e ensino para o ambiente remoto durante a pandemia também teve efeitos sobre o uso da Internet pela população. A maioria dos residentes em São Paulo com dez anos ou mais (79%) é usuária de Internet, correspondendo a uma estimativa de 31 milhões de pessoas. Por outro lado, aproximadamente 5,9 milhões de pessoas (15%) declararam nunca ter acessado a rede no estado, número inferior ao registrado no Estado (19%), em 2019.

O contexto da Covid-19 pode ter influenciado, também, a diversificação dos dispositivos de acesso à rede e contribuído para o significativo incremento do acesso à Internet por meio da televisão no Estado. O acesso por meio desses dispositivos, que vêm ganhando recursos de conectividade e de acesso a conteúdo audiovisual online (as smart TVs), superou o cômputo do acesso por computadores, incluindo de mesa, notebooks e tablets.

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