Curiosidades sobre os Parques Horto Florestal e Floresta Cantareira

Urbia Águas Claras
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Considerado um dos principais parques da Zona Norte da cidade de São Paulo, o Parque Estadual Alberto Löfgren – Horto Florestal e Floresta Cantareira, administrado pela Urbia Águas Claras desde abril deste ano, abriga uma série de fatos interessantes e que construíram grande parte de sua trajetória. Muito mais que lazer, os parques oferecem aos visitantes um rico contexto histórico, como a visita do aeronauta Santos Dumont e um acervo repleto de madeiras que compõem a floresta da região. Confira: 

Horto Florestal e seu contexto histórico

Desde 1963, o Horto Florestal é considerado uma Unidade de Conservação (UC) de Proteção Integral, uma das primeiras criadas no Estado de São Paulo. Apesar de ser uma área relativamente pequena, é muito significativa no contexto urbano, já que abriga remanescentes da Mata Atlântica.

O Horto leva o nome de Parque Estadual Alberto Löfgren, em homenagem ao naturalista e cientista sueco, radicado no Brasil, e idealizador do local. Outro fato importante é que toda área do parque foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), em 1983.

Uma curiosidade é que lá também passa o Trópico de Capricórnio, a linha geográfica imaginária que divide a zona tropical da temperada no Hemisfério Sul.

Acervo de madeiras do Museu Florestal

O Museu Florestal Octávio Vecchi, situado dentro das dependências do Horto Florestal, é considerado um acervo de madeiras da floresta local. Disponibilizadas em diferentes formas de utilização, as madeiras estão expostas em pranchas com entalhes de flores e frutas, construídas a partir dos próprios troncos de cada espécie do Parque. Além disso, as mobílias, bem como os soalhos e os forros do local também são verdadeiros mostruários de madeiras brasileiras.

Outro fato interessante é que, em 1931, ano de inauguração do Museu Florestal, o aeronauta brasileiro, Santos Dumont, realizou uma visita ao local com suas irmãs e sobrinho. No Museu é possível conferir a assinatura do inventor em um antigo caderno de controle de visitantes.

Museu Florestal já teve uma escola de charão, xilografia e sala de cinema

O Museu Florestal já dispôs de uma escola de Charão, técnica milenar feita a partir de uma resina vegetal retirada da árvore japonesa, Urushi. Com ela é possível laquear objetos tornando-os muito resistentes e duradouros. Alguns artefatos são datados de 1.500 a.C. Com o passar do tempo, passou a ser objeto de decoração, pratos e cumbucas.

No local também já teve uma escola de xilografia, técnica chinesa de gravura em madeira que lembra o carimbo, onde o artesão grava na madeira, com uma ferramenta chamada buril, a imagem que pretende reproduzir, e utiliza tinta para ilustrar o papel.

Já na sala do Tríptico, de Hélios Seelinger, funcionou um cinema que passava filmes educativos, em sua maioria, relacionados à preservação ambiental e à natureza.

Café colonial no Palácio de Verão

Erguido na década de 1930, no Horto, o Palácio de Verão era a casa de veraneio utilizada pelos governadores do Estado de São Paulo e foi aberto ao público em 2008. Nessa época, era oferecida uma programação que incluía oficinas e exposições de arte, palestras e uma visita mediada aos ambientes da casa que continham uma coleção de pinturas, desenhos, gravuras, móveis e objetos relacionados ao Governo do Estado de São Paulo, à história do parque e ao Serviço Florestal. Já a casa do zelador do Palácio, residência menor ao lado da piscina, era a sede da antiga Fazendo da Pedra Branca, onde cultivava-se chá e café.

Hoje, a edificação conta com um café colonial, idealizado pela Urbia em parceria com O Velhão, tradicional restaurante localizado na Serra da Cantareira. Disponível aos sábados, domingos e feriados, das 8h às 12h, os visitantes podem saborear um café da manhã com diversas opções que incluem bebidas, pães variados, bolos, dentre outros. O buffet é servido à vontade e o valor é de R?59,90 por pessoa.

Lagos com diversas espécies de animais

O Horto Florestal conta com três lagos e todos são de responsabilidade da Urbia, que realiza a manutenção e o tratamento periódico. Nesses lagos, os visitantes podem encontrar espécies de peixes, aves e animais semiaquáticos, como as Carpas Japonesas (Cyprinus rubrofuscus), a Garça Branca Pequena (Egretta Thula), o Socó-Dorminhoco (Nycticorax Nycticorax), o Frango D’água (Gallinula Chloropus) e a Tartaruga-Tigre-D’água (Trachemys Scripta Elegans).

Além disso, um dos lagos do parque abriga uma família de Capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) ao seu redor, e por isso, foi nomeado como Lago das Capivaras.

Horto e Cantareira abrigam espécies em risco de extinção

Como são consideradas áreas de conservação, os Parques Horto Florestal e Floresta Cantareira são abrigos para uma série de plantas em risco de extinção. Dentre as espécies presentes na área, temos a Palmeira Jussara (Euterpe Edulis), a Samambaia-açu (Dicksonia Sellowiana), o Pau Brasil (Paubrasilia Echinata), o Jacarandá Paulista (Machaerium Villosum) e o Fumo Bravo (Solanum Mauritianum). Na parte da fauna, temos a Araponga (Procnias), o Sauá (Callicebus Personatus), o Sagui da Serra Escuro (Callithrix Aurita), o Pichochó (Sporophila Frontalis) e o Gavião Pombo Pequeno (Buteogallus Lacernulatus). 

Floresta Cantareira e seu contexto histórico

Cantareira foi o nome dado à Serra pelos tropeiros que faziam o comércio entre São Paulo e outras regiões do País, nos séculos XVI e XVII, devido à grande quantidade de nascentes e córregos encontrados na região. Na época, era costume armazenar água em jarros de barro, chamados cântaros e a prateleira onde eram guardados chamava-se Cantareira.

A área é composta por quase 8 mil hectares, que abrangem os municípios de São Paulo, Guarulhos, Mairiporã e Caieiras. A maior parte está fixada na Zona Norte de São Paulo, constituindo um importante remanescente da Mata Atlântica na metrópole, sendo de extrema relevância ecológica para o Estado de São Paulo. Em 1994, foi declarada parte da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo, pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). 

12 trilhas disponíveis nos parques

A Floresta Cantareira é dividida em quatro núcleos, sendo eles: Núcleo Pedra Grande, Núcleo Engordador, Núcleo Águas Claras (administrados pela Urbia) e o Núcleo Cabuçu (administrado pelo Governo do Estado). O Núcleo Pedra Grande conta com quatro trilhas diferentes, nomeadas como Trilha do Mirante da Pedra Grande, Trilha da Bica, Trilha da Figueira e Trilha do Bugio. O Núcleo Engordador é composto pela Trilha do Macuco, Trilha da Mountain Bike e Trilha da Cachoeira. O Núcleo Águas Claras é formado pela Trilha das Águas, Trilha da Suçuaran, Trilha da Samambaia-açu e Trilha do Lago das Carpas. Por fim, o Horto Florestal também oferece uma trilha chamada São João Gualberto.

Café na Pedra Grande

Com o intuito de tornar o ambiente ainda mais atrativo, a Urbia transformou um espaço expositivo, no Mirante da Pedra Grande, em uma cafeteria com mesas internas e externas. O espaço, de aproximadamente 237m², estava desativado quando a Urbia assumiu a gestão e, pela demanda do público por ofertas de alimentação, optou-se por criar o café. O local é composto por um afloramento rochoso, com cerca de 1.010 de altitude, e uma vista incrível de parte da cidade de São Paulo.

Cachoeiras abertas para banho

Para tornar a experiência ainda mais completa nos dias de calor, a Trilha da Cachoeira, do Núcleo Engordador, instalada na Floresta Cantareira, abriga três quedas d’água, todas abertas e disponíveis para banho.
 

Acesso

Para chegar ao Horto Florestal e Floresta Cantareira, há várias linhas de ônibus que partem do Terminal Santana e Parada Inglesa — ambos locais próximos às estações Santana e Parada Inglesa da linha 1-Azul do metrô de São Paulo — que passam pelo local. Algumas das alternativas de ônibus que partem dos terminais mencionados acima são: 2740/41 Metrô Parada Inglesa — Horto Florestal (ponto final); 1018/10 Metrô Santana — Vila Rosa; e 1775/10 Metrô Santana — Vila Albertina. Caso o visitante opte por ir de carro, há estacionamento para veículos no parque com entrada pela Av. José Rocha Viana 62

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