JJM: mais uma família chora a morte de recém-nascido

LUCY TAMBORINO
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C&C

Depois de o HOJE revelar com exclusividade o caso de um bebê que morreu após um parto que trouxe inúmeras sequelas para a família, outros pais também se pronunciaram e contaram o drama vivido no Hospital e Maternidade Jesus, José e Maria (JJM). São inúmeros os casos de bebês que recebem alta com sequelas, como paralisia cerebral, ou que vão a óbito como o filho de Patrícia Ferreira de Paula e Isac José da Silva.

A mãe deu entrada no hospital no dia 30 de outubro de 2022 com contração. “Me internaram e deram remédio para parar a contração pois estava com 31 semanas de gestação e eles queriam segurar mais para ganhar peso. No dia 02 de novembro de 2022 minha bolsa estourou e uma médica me disse que ia me deixar ainda com o bebê na barriga para continuar ganhando peso, só que ele estava atravessado e eles teriam que ter feito o procedimento cirúrgico, por conta disso e por causa de pegar uma infecção conforme relato do meu médico do pré-natal”, disse Patrícia.

Ali estava apenas começando toda a dor e sofrimento para aqueles que aguardaram por meses o nascimento de Levy Silva de Paula. “No dia 3 comecei a sentir contração novamente e me deram medicamento, mas eu relatava que não estava fazendo efeito algum. Então veio outra médica para fazer o exame de toque e disse que estava tudo certo. No dia 4, logo cedo veio outra médica, fez o exame em mim e já sentiu a mão do bebê saindo, mas ele estava atravessado e não tinha como nascer normal. Nessa hora ela pediu para que me levassem para uma cesárea urgente, mas já era tarde meu bebê nasceu sem vida, peguei uma infecção e ainda tive que fazer uma transfusão de sangue”, relembra.

Segundo Patrícia, foram 10 dias internada no hospital. “Só saímos porque meu marido brigou, já que a infecção eles foram tratar três dias depois”, disse.

Após a morte do bebê, Silva questiona a maneira como o corpo estava. “Achei muito estranha a forma como meu filho estava com as mãos amarradas e com uma faixa. Isso só foi possível porque eu falei que queria ver o meu filho, porque senão eles iam lacrar o caixão. Achei muito estranha a atitude deles”, disse.

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