Dia das Mães: conheça história de mulheres que conciliam a maternidade e os negócios

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O empreendedorismo e a maternidade têm mais pontos em comum do que se imagina. Ambos exigem atenção, cuidado, paciência e, acima de tudo, muita dedicação. Entre os motivos que levam a maioria das mães a empreender estão a realização de um sonho ao lado do filho, a possibilidade de ficar mais perto deles e até mesmo um recomeço depois de uma demissão, principalmente as que acontecem no retorno da licença maternidade. Seja qual for a causa, os filhos são sempre um incentivo a mais para a realização de qualquer mãe. 

Neste dia das mães, celebrado em 14 de maio, confira a história de 12 mulheres que fizeram da maternidade uma razão a mais para se tornarem donas dos seus próprios negócios.

01. Em outubro de 2020, quando o marido foi internado na UTI em estado grave por conta da Covid-19, Cláudia Brito Figueiredo, de 54 anos, residente em Belém do Pará, precisou fechar temporariamente a clínica médica do cônjuge, na qual atuava como administradora. Foi nesse momento em que percebeu que precisava abrir um negócio próprio, pois, caso perdesse o marido, não teria como continuar pagando as contas. Na mesma época, Jéssica Luiz Brito Figueiredo Furtado, 30, filha da Cláudia, encontrava-se desiludida com a profissão de advogada, e, prontamente, aceitou a proposta da matriarca de empreenderem juntas em um novo negócio. Mãe e filha começaram a busca por franquias e acabaram chegando no segmento de minimercados autônomos. “Após muita pesquisa, a rede que mais chamou nossa atenção foi o market4u devido ao suporte que eles oferecem aos franqueados e, por isso, iniciamos o processo para abrir uma unidade”, conta Cláudia. Inicialmente, as duas não foram selecionadas pela franqueadora e precisaram insistir mais uma vez. “Só fomos aceitas na segunda vez em que participamos da pré-seleção e, aí sim, eles começaram a nos orientar e preparar para abrirmos a franquia”, lembra Cláudia. Atualmente com duas unidades, a dupla se prepara para dar o passo na terceira loja. “Atuamos com as nossas antigas funções, mas o plano é expandir ainda mais o número de unidades e seguir apenas com a rede”, finaliza Jéssica.

02. A maternidade foi a virada de chave para Danila da Silva, de 40 anos, mudar de vida e abrir seu próprio negócio. Mãe da Maria Eduarda, 12, Heloísa, 4, e do Benício, de 5 meses, e há 13 anos trabalhando como coordenadora administrativa, ela resolveu seguir o sonho de um empreendimento que proporcionasse mais liberdade financeira e gestão do próprio tempo. Foi assim que, em novembro de 2020, iniciou a operação da Maria Brasileira em Sorriso, no Mato Grosso. “Ser mãe foi o principal motivo para empreender, pois sempre quis acompanhar de perto o crescimento e desenvolvimento dos meus filhos e trabalhando em tempo integral em uma empresa isso não era possível. Trabalhar de casa para poder dar mais atenção aos meus filhos também me proporcionou liberdade financeira maior, já que aprendi a ser resiliente, ir com medo mesmo e que nem tudo são flores. Embora exija muito comprometimento, o negócio é meu e vale a pena todo o esforço”, afirma a franqueada.

03. Ana Paula Borges, 36, foi mãe aos 16 anos. Criou a filha Letícia da Silva Pereira sem pensão, mas teve o apoio da sua mãe, Maria Clesia Borges da Silva, avó da Letícia. Hoje, 20 anos depois e prestes a formar a filha na universidade, no curso de economia, Ana Paula se permitiu viver o tão sonhado empreendedorismo. “A Letícia é o meu maior orgulho,  dediquei tudo a ela para que tivesse acesso aos estudos e terminasse a faculdade. Minha missão, de formá-la, está quase concluída. Desde que ela nasceu, optei pelo que considerava ‘estável’: um emprego que garantisse férias, décimo terceiro salário e FGTS. Agora estou seguindo meu coração ao empreender”. A unidade Emagrecentro, localizada na cidade de Taubaté, região do Vale do Paraíba, interior de São Paulo, está na fase de obras com inauguração prevista para maio, mês do Dia das Mães.

04. Em 1996, a carioca Regina Jordão contrariou amigos e familiares e apostou num negócio que, a princípio, não parecia ser boa ideia: o Pello Menos, um centro especializado em depilação, na época, apenas à cera. Regina, que sonhava arriscar-se no empreendedorismo, abriu uma salinha pequena para atendimento localizada no bairro de Copacabana. A filha Alessandra Jordão, então adolescente, abraçou o sonho da mãe e colocou a “mão na massa” logo cedo. Ela panfletava com as amigas depois da aula e aprendia tudo sobre o negócio. Atualmente a rede oferece o serviço de depilação a laser e conta com 45 unidades nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, além de Brasília.

05. A busca por um negócio que tivesse sinergia com a personalidade e os objetivos profissionais foi o que alavancou a parceria de mãe e filha, Marli Arriera, 51 anos, e Pollyana Arriera Kraus, 18 anos, em um novo empreendimento. As sócias inauguraram uma unidade da Yes!Cosmetics, empresa com mais de 20 anos de atuação no segmento de beleza e cosméticos. “Escolhemos a marca por se tratar de uma empresa que visa a valorização da beleza e por sentir que estamos atuando em uma área que realmente nos representa como pessoas e profissionais”, conta Marli. A empreendedora também aponta que o fato de serem de gerações diferentes é uma grande oportunidade de trazer ideias e perspectivas que agregam ao negócio, estratégia que se mostrou promissora, já que, durante a inauguração da loja, alcançaram o 5º lugar no ranking de vendas da marca. “Esperamos que essa investida seja um completo sucesso e sirva de porta de entrada para que possamos evoluir cada dia mais como empresa e empreendedoras”, conclui a mãe sobre as expectativas para o futuro. 

06. Maricea Checon Gratão, de 50 anos, junto a filha Milena Gratão, 29 anos, resolveu tirar o sonho de empreender da gaveta. Alimentando a vontade de ter o próprio negócio, ela e a filha, que moram na cidade de Barcarena, a 100 km de Belém (PA), investiram no meio da pandemia em uma unidade da Home Sushi Home, rede de delivery de comidas asiáticas e havaianas na capital paraense. “Eu e a minha filha queríamos ter uma franquia na área de alimentação, já que eu tenho experiência com a condução de um restaurante rural que temos na região metropolitana. Em agosto de 2020 decidimos levar essa ideia adiante e em abril de 2021 abrimos a nossa unidade. Fomos pioneiras na região norte do país, o que é um motivo de grande orgulho da nossa parceria mãe e filha/sócias”, comenta Maricea.

07. Foi durante um evento realizado pela igreja que frequentava que a cabeleireira Cinthia Lourenço, de 41 anos, conheceu o fundador e a história da rede Mr. Cheff. Pouco tempo depois, em julho de 2018, passou a atuar como colaboradora em uma das unidades, localizada em Maringá, no Paraná. Não pensou duas vezes quando recebeu a proposta: deixou de trabalhar como cabeleireira e vestiu a camisa da marca. Em fevereiro do ano seguinte, adquiriu a primeira unidade e, agora como franqueada e junto com as filhas Sophia Muller, 20 anos, e Laura Muller, 18, administrou a loja até pouco depois de outubro, quando investiu em uma nova loja do Mr. Cheff no bairro da Mooca, em São Paulo. “Eu arrisquei tudo, vendi o meu apartamento para adquirir a primeira unidade que nós tivemos e depois, mudamos para São Paulo, ainda confiando e acreditando no modelo de negócio da marca”, comenta Cinthia, que teve o total apoio das filhas. “A Sophia ficou responsável por me ajudar a gerenciar a loja e a Laura a atuar no caixa, atendendo os clientes”, conta a empreendedora. Hoje, a primogênita da família atua com eventos, oportunidade que conquistou por conta do Mr. Cheff, enquanto Cinthia segue administrando a unidade com o apoio da caçula e planejando o investimento em novas unidades.

08. Já para a família Martins, o empreendedorismo surgiu como uma maneira de incentivar os filhos. A mãe, Etelvina Martins, de 55 anos, junto aos filhos Nathalia Cristina Martins (23) e Eduardo Martins (20), começou atuar em uma unidade home office da Mr. Fit, rede pioneira em fast-food de alimentação saudável, em dezembro de 2022, na cidade de Curitiba (PR). De acordo com Etelvina, a franquia chegou em um momento decisivo para ela e os filhos. “Sempre vi um potencial muito grande na área de vendas para o Eduardo, entretanto, ele nunca trabalhou nessa frente. Logo que conheci a rede, vi ali a oportunidade dele desenvolver o lado empreendedor”, afirma. Assim, após o filho deixar o emprego formal, ele passou a gerenciar a unidade com o apoio da irmã e da mãe, que auxiliam na gestão financeira e marketing dos produtos. A mãe, que também é sócia, revela que por conta do negócio, os filhos voltarão para a faculdade para estudar gestão financeira e administração de empresas.

09. A procura por mais tempo de qualidade com a filha Laura, hoje com 10 anos,  levou Manuela Rodrigues, de 37 anos, a empreender. Ela conheceu a CleanNew, acreditou na inovação que a rede oferecia e, em agosto de 2016, iniciou a operação em Recife, Pernambuco.  “A expectativa era alta, afinal, investi capital com intenção que tivesse um bom retorno, já que eu tinha uma ótima experiência em vendas. Deu certo e hoje estou na segunda unidade. O empreendedorismo me ajudou a ter mais motivação, me ensinou a ter experiência dos dois lados, tanto do empregador quanto do empregado, algo que antes eu não tinha. Também me permitiu ficar bem perto dos meus filhos,  cuidando e acompanhando o crescimento deles. Para mim, toda mãe deveria ser empreendedora, pois a satisfação de fazer seu horário e acompanhar os filhos é incrível”, aponta a franqueada, que também é mãe de Valentim, de 4 anos.

10. Para Carina Mendonça, de 50 anos, multifranqueada em Mato Grosso do Sul da Casa de Bolos, maior rede de bolos do Brasil e pioneira no segmento, a parceria com a filha Marina Mendonça (25) vai muito além do amor maternal. Elas são sócias de duas unidades da franquia em Campo Grande, capital do estado. Segundo Carina, a filha começou a trabalhar na rede logo após passar uma temporada em Balneário Camboriú com o irmão, em 2016. “A Marina foi para o sul para aprender a gerenciar uma unidade da rede junto com o irmão mais velho. Um ano depois, a gente pediu para ela retornar e vimos a oportunidade de construir a parceria administrativa dela nas lojas da capital, enquanto eu cuido da expansão das nossas lojas no interior”, conta. Desde 2017, mãe e filha se revezam nos negócios e colhem os frutos disso. “Hoje, a Marina administra as duas lojas e ainda possui uma unidade que tem em parceria com o marido e os sogros”, compartilha a mãe, toda orgulhosa. 

11. Para Kelly Vollmann, de 28 anos, a empreitada no empreendedorismo começou cedo. Formada em Administração, foi surpreendida no último ano de faculdade por uma gravidez. Com o apoio da mãe Marli Vollmann, 54 anos, a jovem entregou o trabalho de conclusão de curso apenas 20 dias após o nascimento da filha, alcançando a nota máxima, e se formou na graduação. Em 2020, cinco anos após o nascimento da bebê, o sonho do empreendedorismo reacendeu e ela conheceu a Help Multas. Em maio daquele ano iniciou a operação em Criciúma, Santa Catarina. “Quando cheguei na Help eu tinha o desejo de mudança e construir uma história. Confesso que não sabia onde a cidade ficava, eu só agarrei a oportunidade e me joguei. Devido a mudança, pedi para que minha mãe ficasse com minha filha por pelo menos três meses até eu me estabilizar. No fim, alcancei a maior meta da história da Help após um ano de operação e consegui reencontrar minha filha após um mês e meio”, relembra a franqueada. A história foi tão inspiradora que a própria mãe de Kelly seguiu os mesmos passos da filha e investiu em uma franquia da Help Multas na cidade de Florianópolis, Santa Catarina, em 2022. 

12. Com os filhos já adultos, Cristiane  Innocenti Dotto, de 54 anos, sentia que faltava algo na vida e foi no empreendedorismo, ao lado da filha caçula, Nicole Dotto, 22 anos, que ela encontrou uma nova motivação. “Minha filha atuava como dentista em uma clínica odontológica, mas querendo algo no ramo de harmonização facial, encontramos a oportunidade de abrir uma franquia e decidi voltar ao mercado de trabalho para apoiar Nicole nessa empreitada”, conta. A  franqueada da Botocenter,  rede especializada na aplicação da toxina botulínica e preenchimento com ácido hialurônico, mostra-se animada com o negócio. “A decisão de voltar ao mercado de trabalho foi uma das mais importantes que já tomei. Vi minha vida virar de ponta cabeça de repente, mas a gratificação veio junto com os resultados financeiros, que estão me surpreendendo pela rapidez, e principalmente a felicidade de estar dividindo isso tudo com a minha filha”. Para outras mães que estão pensando em seguir pelo mesmo caminho, Cristiane explica que maternidade e empreender têm muito em comum. “Empresas e filhos são muito parecidos e, se pensar muito, a gente acaba não tendo. O trabalho é árduo, mas vale a pena”, se diverte a empresária. 

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