Pastor acusado de estupro disse que ‘diabo pegaria alma’ de menino

Divulgação/Polícia Civil
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O garoto de 13 anos, abusado pelo pastor de Guarulhos Joilson da Silva de Freitas, de 39 anos, contou a Polícia Civil que o acusado disse que “o diabo pegaria sua alma” caso não fizesse sexo com ele. Após ser preso, o 5º DP da cidade esclareceu que em um período de dois meses, cerca de cinco estupros foram cometidos pelo religioso. De acordo com o delegado Fulvio Meccas, responsável pela investigação, o número pode aumentar. O investigado pratica o crime desde 2016.

Há doze anos o acusado era membro da Batista da Lagoinha, exercendo a função de líder de célula de crianças e adolescentes. Segundo informações preliminares, ele dava lições de como não ser um “promiscuo”, intrigando os menores a pesquisarem vídeos relacionados a masturbações e pornografia, chantageando-os para que seus pais ou outros fiéis da igreja não tomassem conhecimento sobre as pesquisas. As relações sexuais eram praticadas dentro de seu apartamento, onde foi preso. Freitas já havia realizado o crime em outras unidades da igreja.

A polícia tomou conhecimento do caso após um garoto de 17 anos registrar boletim de ocorrência contra o religioso. Com o ato, o menino de 13 anos criou coragem de denunciar o abuso no dia 2 deste mês, acompanhado dos pais e de um advogado. Ele conta que o crime aconteceu no dia 26 de maio.

Na data, o garoto foi ao apartamento do religioso por volta das 22h para ser “discipulado”, assim como já havia feito outras vezes, sem sofrer abusos. Freitas levou o menino para o escritório, pediu para que ele erguesse a camisa, perguntando o que ele sentia. Ao pedir para que parasse, o pastor respondeu que “não podia, pois isso fazia parte do processo”. O acusado pediu para que o menino fizesse sexo oral nele, o jovem negou e ouviu que “Se não fizesse, o diabo iria pegar a alma dele”. Ele tocou as partes intimas dos garotos, que em seguida foi estuprado.  

De acordo com o trecho do relatório policial, durante o registro do caso na polícia, a mãe do menino afirmou ter procurado a esposa do religioso. Por mensagens, o criminoso confessou ter praticado o crime, pedindo perdão e dizendo que “foi assombrado e caiu na armadilha do inimigo”

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