A professora Vitória Romana Graça, de 26 anos, teria chorado e implorado para não ser morta antes de ser queimada viva no Rio de Janeiro. A revelação foi feita pelo terceiro suspeito de participação do crime, Edson Alves Viana Júnior, em depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Vitória namorava uma aluna de 14 anos e o fim do relacionamento teria sido a motivação do crime, isso porque os parentes não gostaram já que a professora os ajudava financeiramente. A mãe da adolescente, Paula Custódia Vasconcelos, teria ido tirar satisfação com Vitória sobre o fim da relação com a filha. Na ocasião ficou acordado que a professora iria até a casa da jovem para conversarem.
Na casa de Paula, Viana disse que assim que Vitória chegou, foi imobilizada por Paula, ele e a menor de 14 anos. A professora foi amarrada em uma cadeira com fita adesiva, e na sequência Paula começou a obrigar professora a fazer transferências via Pix.
Quando não conseguiu mais dinheiro, Paula foi até a casa da professora com a filha menor para pegar objetos de valor. Elas voltaram com botijão de gás, roupas de cama, panelas e produtos de beleza.
Paula tentou fazer novas transferências, mas, sem sucesso, resolveu ligar para a mãe da jovem para simular um sequestro-relâmpago. No telefonema exigiram mais R$ 2 mil, mas a mãe de Vitória não conseguiu fazer a transferência.
A tortura durou de 20 a 30 minutos, até que a professora desmaiasse. Os três jogaram álcool em seus olhos para ver se tinha alguma reação e, vendo que Vitória estava morta, colocaram-na em uma mala e levaram para um local para queimá-la.
No caminho, pararam em um posto e compraram gasolina. Eles atearam fogo na mala e, com as chamas já altas, saíram para tentar fazer mais saques nas contas de Vitória em um caixa 24 horas, onde retiraram mais R$ 1,2 mil.
Por fim, Paula se despediu do irmão, a quem deu R$ 107, e que foram usados para comprar drogas.