O Brasil é o terceiro país em número de animais domésticos com um total de 149,6 milhões, de acordo com dados do Instituto Pet Brasil (IPT). Isso significa que pelo menos 70% da população têm um pet em casa ou conhece alguém que tenha.
A preferência do país é pelos cachorros, sendo 58% do total de residências com pet, 28% têm gatos, 7% têm peixes e 11% têm aves, segundo a consultoria alemã GFK. E os números refletem diretamente na expansão do setor. Segundo a Comissão de Informação de Mercado (Coinf) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) o mercado pet prevê um crescimento de 15,8% neste ano e 15% em 2024.
Os pets já muito tempo passaram de animais de estimação para membros da família e isso pode ser percebido pela variedade de itens nos pet shops e pelos altos investimentos que tutores realizam pensando no bem-estar do animal.
No entanto, uma problemática a ser enfrentada é o abandono. Muitas são as Organizações Não-governamentais (ONGs) que enfrentam desafios diários para garantir acolhimento e um novo lar para uma infinidade de animais que são abandonados e maltratados.
Um setor tão importante também tem seus representantes em Guarulhos. Por isso, o HOJE deu voz para entender a visão de quem cuida dos bichinhos dos guarulhenses.
Gil Ricardo Moraes, Rações Renata
“Nosso olhar para Guarulhos é que é uma cidade que tem muita oportunidade. É uma cidade que o meio pet no momento está bem forte. O município vem atraindo muito investimento para o meu segmento. Hoje tem empresas mais capacitadas pra atender o consumidor guarulhense. A cidade de Guarulhos teve um grande avanço desde a última década. Tem muita coisa boa chegando para o município”.
Lucélia Ercole Moura, presidente da ONG Deixe Viver
“Em relação a proteção animal é que em 20 anos de existência da ONG Deixe Viver, que apoia os protetores da cidade que resgatam os animais abandonados dando lar temporário e contribuindo com castrações gratuitas, acompanhamos vários cargos e departamentos criados pela prefeitura para atuar na causa animal e é muito pouca a ajuda, quase nada acontece e os protetores deveriam ser mais ouvidos. Nós visitamos os protetores, escutamos e conhecemos a triste realidade que vivem para minimizar a situação caótica dos animais em abandono na nossa cidade e cumprimos os nossos propósitos sem nenhuma ajuda, apoio ou reconhecimento do município”.