O que apontava os bastidores da política de Guarulhos, nos últimos meses, se concretizou nesta terça-feira (23): o ex-prefeito Elói Pietá entregou, pela manhã, sua carta de desfiliação ao Partido dos Trabalhadores (PT), do qual foi um dos fundadores em Guarulhos em 1980, portanto há quase 44 anos.
À noite, em entrevista coletiva à imprensa no Colégio Êxitus, na região central, Pietá lançou sua pré-candidatura à Prefeitura de Guarulhos, mas não revelou em qual partido deve se filiar, embora rumores dão conta que ele iria para o Solidariedade, do ex-prefeito Sebastião Almeida, que também foi do PT.
A decisão de sair da legenda foi motivada pela indicação do diretório municipal pela pré-candidatura do deputado federal Alencar Santana, sem a realização de prévias internas, como prevê o estatuto petista. Ele sempre lutou para que a escolha do candidato do partido fosse feita pelos filiados.
Pietá defendeu a formação de uma frente ampla para vencer a eleição municipal de outubro. Afirmou ainda que a sua pré-candidatura “visa priorizar as necessidades da cidade, contribuindo não apenas para seu futuro, mas também para o avanço do pais como um todo” e deverá fazer dobradinha com uma mulher como vice, aumentando a especulação de ter a empresária Fran Correia ao seu lado. “Meu compromisso é com os desejos expressos nas pesquisas”, enfatizou.
“A proposta central é a formação de uma frente ampla, unindo partidos, lideranças comunitárias, sindicais, empresariais, juvenis e religiosas”, destacou. Complementando: “Temos que enfatizar a importância de ouvir a população, respeitar o funcionalismo público e as organizações da sociedade, e liberar o potencial legislativo da Câmara Municipal’’.
Diante de uma plateia atenciosa formada por dirigentes políticos, simpatizantes, vereadores, ex-vereadores e jornalistas, o agora ex-petista destacou sua trajetória no PT, como vereador de Guarulhos, deputado estadual, prefeito por dois mandatos e tendo eleito seu sucessor, na época Almeida.
E comentou sobre sua idade – 79 anos, uma das críticas de seus adversários: “Pertencer à minha geração não é um impedimento para liderar’’, citando exemplos como a eleição de Lula, no Brasil, e Joe Biden, nos Estados Unidos.
