Os profissionais que trabalham na maternidade do Hospital Nipo-Brasileiro foram surpreendidos com o anúncio do fechamento da unidade. Segundo informações obtidas com exclusividade pelo Guarulhos HOJE, a maternidade encerrará suas atividades no dia 30 de junho. Apuração da reportagem aponta que pelo menos 42 médicos ficarão desempregados e 600 pacientes que fazem pré-natal ficarão desassistidas. Além do centro obstétrico a UTI neonatal também será fechada.
Em comunicado enviado aos profissionais, o hospital aponta a queda no número de partos como fator para a decisão do fechamento. Segundo o Nipo-Brasileiro, o número de partos, desde 2016, vem decrescendo gradualmente, como reflexo da natalidade no Brasil. Dessa forma, para a sustentabilidade do hospital, é necessário que sejam realizados 150 partos por mês, mas “a partir de 2020, ficamos alguns meses abaixo do ponto de equilíbrio, e no ano passado, não realizamos 150 partos em seis meses”.
O hospital ressalta, ainda, que “após várias tentativas (oito anos) de reverter a curva descendente e a situação deficitária e ociosa da Maternidade e UTI neonatal, a decisão foi antecipada em decorrência do aumento do volume de atendimentos gerados pela atual epidemia de dengue. Depois do Carnaval (14/02), o HNipo está constantemente com taxa de ocupação maior que 95%, causando desconforto aos pacientes e sobrecarga às equipes médicas e assistenciais, aumentando os riscos assistenciais e elevado número de transferências de pacientes para outros hospitais, principalmente de crianças com necessidade de UTI pediátrica”.
A administração esclarece que “quanto ao serviço de ginecologia e obstetrícia, o pronto-atendimento ginecológico será mantido e temos intenção de investir no Ambulatório da Mulher com aumento de atendimentos e serviços. Também buscaremos alternativas para os futuros partos das gestantes que escolherem fazer o pré-natal com nossos profissionais”.