Mais de 100 crianças já foram atendidas pelo programa Família Acolhedora em Guarulhos

Pixabay
- PUBLICIDADE -
ACE

Desde que Guarulhos aderiu ao programa Família Acolhedora, em 2019, 113 crianças e adolescentes já foram acolhidas em lares guarulhenses. O serviço organiza o abrigo de crianças e adolescentes de até 18 anos incompletos afastados dos pais por medida de proteção em residências de famílias cadastradas, que se tornam totalmente responsáveis pelo bem-estar dos acolhidos durante o tempo de permanência em seus lares.

Das 19 famílias habilitadas no momento, 15 estão acolhendo 18 crianças e adolescentes. Márcio Roberto dos Santos e Joserlânia Ana dos Santos são uma dessas famílias. Onze crianças passaram pela residência do casal, em sua maioria bebês. Atualmente eles abrigam uma criança de três meses que foi direto da maternidade para a casa, com apenas dez dias de vida. “Em uma semana a gente já vê o desenvolvimento deles, é uma coisa mágica. É um serviço que a gente faz de coração e não nos vemos mais fora desse projeto”, contam.

O serviço trabalha na oferta de convivência familiar em um ambiente sadio como alternativa ao acolhimento institucional, fornecendo amparo, aceitação, amor e a possibilidade de convivência familiar e comunitária a fim de estimular o seu desenvolvimento. O acolhimento acontece em caráter provisório, o que significa que as crianças e adolescentes retornarão à família de origem ou serão encaminhadas para adoção quando possível. Por isso, um dos principais requisitos para participar é não ter a intenção de adotar.

Adileia Neto participa do Família Acolhedora desde 2021. Até hoje sete crianças passaram pelos seus cuidados enquanto aguardavam que a Justiça decidisse os seus futuros. Ela, o marido e os três filhos se dedicam a oferecer o melhor cuidado possível para as crianças. “As histórias tocaram nosso coração e a família toda participa. Dá pra ver como as crianças saem da nossa casa muito diferentes, o olhar que a gente recebe de agradecimento e de gratidão não há nada que pague”, conta.

Como participar

Os interessados não podem estar inscritos no Cadastro Nacional de Adoção, nem ter interesse em adoção. Cada família pode acolher apenas uma criança, a não ser quando se trata de grupo de irmãos. Há um termo de adesão das famílias ao serviço, bem como guarda provisória expedida pela Vara da Infância e da Juventude.

Entre os requisitos necessários o de ser maior de 21 anos, morar no município e ter disponibilidade para acolher. O interessado será avaliado e receberá capacitação sobre o programa e, caso seja selecionado, receberá acompanhamento da equipe técnica do Serviço de Acolhimento da Prefeitura de Guarulhos e também do Instituto Forte, parceiro do município na gestão do serviço.

Dia da Família Acolhedora

Em alusão ao Dia da Família Acolhedora (31 de maio), instituído pela lei 8.151/2023, a Prefeitura de Guarulhos realizou na última sexta-feira (24) um encontro no Adamastor que reuniu diversos profissionais da rede socioassistencial e intersetorial, do Sistema de Garantia de Direitos, estudantes, representantes de outros municípios e famílias cadastradas no serviço. O público presente assistiu à palestra Desafios e Possibilidades da Família Acolhedora no Brasil, ministrada pelas profissionais Aline Oliveira, psicóloga e técnica do programa de formação, e Pamela Fernandes, assistente social e coordenadora do Serviço de Acolhimento Familiar, ambas do Instituto Fazendo História.

- PUBLICIDADE -