Estudo mostra que 4 a cada 10 pessoas já sofreram algum golpe financeiro

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Os golpes financeiros têm se tornado cada vez mais sofisticados e frequentes, exigindo dos consumidores medidas mais rigorosas para proteger suas finanças. Dados do relatório de Identidade Digital e Fraude 2024, do Serasa Experian, mostram que 4 a cada 10 pessoas já sofreram com algum tipo de golpe financeiro no Brasil. Isso corresponde a 42% dos 1.135 entrevistados.
Para evitar que consumidores se tornem vítimas de fraudes, o advogado e professor do curso de Direito na UNG – Universidade Guarulhos, Ageu Camargo, explica como se proteger de diferentes tipos de golpes. Ele também aborda os direitos garantidos a quem sofre com esses casos.
Muitas vezes, criminosos enviam e-mails ou mensagens falsas, tentando se passar por instituições bancárias, para obter informações pessoais e financeiras. O advogado destaca a importância de desconfiar desse tipo de atitude, especialmente se for algum link que direcione para outros sites.
“É importante sempre verificar a autenticidade dos boletos recebidos, conferindo os dados do beneficiário e os números identificadores antes de realizar os pagamentos. Prefira pagar esses documentos diretamente nos sites oficiais dos bancos. No caso de PIX, verifique as informações do destinatário antes de confirmar a transação. Utilizar um bom antivírus e manter seus dispositivos atualizados também ajuda a prevenir ataques”, recomenda.
Para cartões de crédito, o especialista reforça que não compartilhar número, data de validade e código de segurança em páginas não confiáveis ou para terceiros é uma medida de segurança eficaz. “Quando realizar compras na modalidade crédito, utilize apenas sites seguros e conhecidos, verificando se há o cadeado de segurança na barra de endereço. Monitore frequentemente suas transações para identificar qualquer atividade suspeita e, em caso de perda ou roubo do cartão, comunique imediatamente ao banco emissor para o bloqueio”. Além disso, Ageu pede para as pessoas utilizarem a autenticação de dois fatores quando disponível, assim como evitar salvar os dados do cartão em páginas e aplicativos.
A importância do acesso à informação
“Quando os usuários estão bem-informados sobre os tipos de fraudes mais comuns e as práticas de segurança, eles estarão mais preparados para reconhecer e evitar situações de risco”, destaca o professor. Campanhas de conscientização e educação financeira podem ajudar a disseminar conhecimento sobre como identificar fraudes e quais ações tomar em caso de suspeita.
“Informações claras e acessíveis sobre segurança digital devem ser disponibilizadas por instituições financeiras, empresas e órgãos governamentais para capacitar os consumidores a protegerem seus dados e finanças. A prevenção por meio da educação é uma das ferramentas mais eficazes para reduzir a incidência de fraudes”, conclui.
Direito de consumidores vítimas de fraudes
A pessoa que for vítima de fraudes com máquinas de cartão de crédito tem direitos assegurados. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) garante que ela não seja prejudicada por transações não autorizadas. Já a instituição financeira deve providenciar a investigação e, quando comprovada a fraude, o estorno dos valores indevidos. “O consumidor também tem direito à informação clara e adequada sobre os procedimentos a serem seguidos e precisa ser tratado com respeito e dignidade durante todo o processo de resolução do problema”, explica o advogado Ageu.

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