A obra “Crítica da razão pura”, do filósofo prussiano Immanuel Kant (1724 – 1804), é considerado o grande marco da filosofia moderna. Fortemente influenciado por Platão, Aristóteles, René Descartes, Baruch Espinosa e David Hume, Kant defendia a ideia de que o conhecimento se constrói a partir do fenômeno, que alia a intuição sensível ao conceito do intelecto.
Como poeta, escritor e dramaturgo, neste seu livro de estreia no universo da poesia, intitulado Poemetrias – Poesias Críticas da Emoção Pura, Rafic Ayoub propõe um provocativo contraponto ao culto à razão consagrado por Kant, através de uma releitura sensível e criativa da emoção desperta e refletida nas obras de alguns personagens históricos e autores clássicos e contemporâneos das diversas áreas do pensamento universal.
Tomado por uma consciente ousadia, procura tecer e direcionar com sensibilidade, emoção e sutileza, uma espécie de releitura de obras consagradas de autores clássicos como Aristóteles, Sócrates, René Descartes, Pascall, Da Vinci, Newton, Einstein e também a outros mais contemporâneos como Stephen Hawking, Karl Marx, Chaplin, John Lennon, Barack Obama, Gandhi, Ionesco, Lorca, Neruda, Borges, Che Guevara, e outros.
Para não dizer que não falou das flores, o autor critica a crescente transformação do homem naquilo que a genialidade de Charles Chaplin, também referido nestas Poemetrias, já denunciava em seu filme Tempos Modernos: “Homens, não sois máquinas, homens que sóis”.
Prefácio
Protegido nessa trincheira, Rafic Ayoub acrescenta seu inconformismo com o embrutecimento da capacidade até então natural do homem de se emocionar, enternecer e até de se rebelar contra o domínio existencial e determinista da razão sobre o significado das coisas mais simples do dia a dia, que cada vez mais transforma a vida numa triste abstração, sem métrica sem rima e sem qualquer poesia!
E se a fria razão é o motor da história do homem como pregava Karl Marx, o autor contrapõe e declara que a emoção certamente é o coração, cujo pulsar nos aquece e nos mantém pensando, criativos e maravilhosamente vivos!
Prefaciando esse livro de Rafic Ayoub, o Jornalista, Poeta e historiador Sérgio Leopoldo Rodrigues escreve que, na realidade, o estilo rápido e horizontal de seus poemas mostra a contemporaneidade com a estética veloz das relações humanas e tecnológicas deste século.
Com muita criatividade, Rafic Ayoub se vale de grandes autores clássicos de várias áreas da cultura universal e de diversos períodos para repensar um novo racionalismo kantiano, de quem toma emprestado o título Críticas da Emoção Pura, já como uma forma de livre contestação de um mundo meramente racional ou que privilegia a razão contra o possível mundo mágico e poético do cotidiano.
Segundo Sérgio Leopoldo Rodrigues, talvez a poesia seja o instrumento poético usado por Rafic Ayoub para dar brilho e lustro a essas pequenas-grandes emoções e questões que a vida cotidiana impõe e esconde desde muito antes até hoje e que continuam a sensibilizar a alma de todos nós: “De minha parte, valeu a pena esta aventura! Portanto, minha sugestão para quem ler esse livro tão sensível e profundo neste momento tão sem tempo de todos nós, é que abra, leia e confira se podemos dividir este provável encontro poético em Poemetrias – Poesias Críticas Da Emoção Pura de Rafic Ayoub”, finaliza ele!
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