Segundo dados, a cidade de São Paulo registrou mais de 500 mortes entre janeiro e junho, em acidentes de trânsito, fazendo com que esse seja o período mais letal desde 2015. Esses acidentes tiveram um aumento de mais de 30% em relação ao mesmo período no ano passado, que registrou 398 mortes. O relatório do Ipea destacou que alta velocidade e embriaguez são os principais fatores de risco.
Na capital de São Paulo, segundo dados do Infosiga (plataforma de estatísticas de trânsito do governo de SP) 850 pessoas perderam a vida entre janeiro e maio deste ano, representando uma alta de 32% em comparação com o mesmo período de 2023, no qual morreram 646 pessoas. Os cinco primeiros meses de 2024 já somam mais acidentes do que os últimos seis anos na região metropolitana.
Mas qual seria a causa de tantos acidentes no trânsito? por que teve esse aumento significativo nos últimos seis anos?
O último relatório divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em agosto de 2023, apontou que 392 mil pessoas morreram em sinistros de trânsito entre 2010 e 2019 no Brasil, que representou um aumento de mais de 13% em relação a década anterior.
Para os especialistas, educação no trânsito é essencial, com campanhas permanentes. Continuar com a política de controlar a velocidade máxima na legislação e investir em infraestrutura de segurança no trânsito.
O relatório do Ipea também apontou que a alta velocidade, embriaguez e distração como o uso de celular, são os principais fatores que risco que trazem a probabilidade de um acidente de trânsito com morte. Quando verificamos a causa de acidentes nas rodovias, por exemplo, observamos que a falta de atenção dos motoristas, motociclistas e pedestres destaca-se nas ocorrências da década.
As questões comportamentais também fazem parte dos sinistros como a desobediência das regras de trânsito, excesso de velocidade e uso de álcool. O uso de pequenas quantidades de bebida alcoólica pode diminuir funções essenciais para segurança ao volante, como a visão e reflexos.
Segundo informações dadas por especialistas, a embriaguez ao volante, comportamento agressivo e excesso de velocidade são condições comportamentais, e ainda afirmam que muitos não praticam mais o entendimento de que o trânsito é um espaço público e de convívio social, por isso a importância de que o processo de educação não esteja apenas em campanhas, mas também deixem a legislação mais ativa.
Os dados também mostraram que os que mais morreram em acidentes de trânsito foram os motociclistas. Em junho foram 48 óbitos. Somando os seis primeiros meses, o número de mortes já chegou a 213, aumento de 42% em relação ao mesmo período do ano passado.
