Figurinhas de macacos e memes ‘fofos’ escondem maus-tratos

Reprodução/Redes sociais
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Segundo o relatório da Coalização de Crueldade Animal nas Redes Sociais (Social Media Animal Cruelty Coalition – SMACC, em inglês), por trás de todos os memes engraçados, esses animais vêm sendo retirados de suas mães ainda bebês para serem domesticados e tratados como humanos em troca de curtidas e visualizações na redes sociais.

Em setembro de 2021 e março de 2023 a coalizão mapeou mais de 800 links de conteúdo nas redes sociais mostrando macacos mantidos como animais de estimação. De acordo com as entidades que assinam o documento, esse conteúdo gerou mais de 12 bilhões de visualizações. Os números refletem depois em dinheiro, como no YouTube e TikTok que monetizam seus conteúdos.

Esse relatório mostra que:

13% desse conteúdo apresenta tortura psicológica obrigando os macacos a sentirem medo e angústia em resposta a sustos, 12% são torturados fisicamente e 60% deles são abusados fisicamente.

Em uma busca pelo antigo Twitter, conseguimos encontrar milhares de vídeos onde os macacos aparecem usando roupas humanas, tomando banho e suco de canudinho. Esses vídeos parecem inocentes, mas escondem a tortura e desconforto dos animais em troca de entretenimento.

Os macacos são animais selvagens e não usam roupas, e para que consigam fazer isso, os bastidores das gravações escondem a violência. Segundo os relatórios, a maioria desses animais são capturados muito bebês, retirados de suas mães, que na maioria das vezes acabam mortas.

Apesar de engraçadas e terem milhões de visualizações e curtidas, as imagens guardam relatos de exploração animal. Esse é um dos motivos pelos quais essa pratica tem se tornado popular, segundo as organizações de proteção animal.

De acordo com a Coalização de Crueldade Animal nas Redes Sociais, as pessoas precisam parar de compartilhar e com isso, o conteúdo não será mais monetizado, incluindo figurinhas, vídeos e fotos. Os biólogos explicam que cada país tem suas regras para a proteção dos animais silvestres, mas que a internet não consegue identificar de onde são esses animais e protege-los.

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