O avião que caiu em Vinhedo na última sexta-feira (9), já havia passado por duas paradas para manutenção em março deste ano. De acordo com informações obtidas pelo programa Fantástico, foram informados problemas no sistema Hidráulico, contato anormal com a pista durante pouso e falhas no funcionamento do ar-condicionado.
O acidente, que resultou na morte de mais de 60 pessoas, é considerado um dos mais graves registrados no Brasil.
No dia 11 de março, durante uma viagem de Recife até Salvador, foram identificados baixos níveis de óleo hidráulico e um contato anormal da aeronave com a pista durante o pouso. Descrito nos documentos oficiais, esse incidente causou um dano estrutural no turboélice modelo ATR-72-500, o mesmo que caiu em Vinhedo.
A aeronave ficou estacionada em Salvador por mais de duas semanas, até ser encaminhada para o conserto na oficina da Voepass em Ribeirão Preto (SP).
Após alguns meses, o avião voltou a voar, mas sofreu uma despressurização durante um voo sem passageiros de Ribeirão Preto para Guarulhos, o que o levou a novos reparos. A aeronave voltou a operar comercialmente em 13 de julho.
Segundo informações, esse mesmo modelo de avião já havia sofrido uma queda brusca devido ao acúmulo de gelo nas asas de um voo de Indianópolis para Chicago há 30 anos. Na ocasião, o sistema de degelo falhou em expulsar todas as partes congeladas, o que resultou na queda.
Um funcionário da Voepass afirmou que a empresa tinha como prioridades o lucro em detrimento da segurança, sendo que o avião já tinha o apelido de “Maria da Fé” por muitos que se perguntavam como um avião naquele estado, continuava voando.