Guarulhos se transformou na porta de entrada de refugiados que fogem das guerras que acontecem pelo mundo. Muitos que aqui chegam, acabam encontrando moradia e se tornam mais uma questão a ser enfrentada pela nova gestão.
No dia 27 de novembro o décimo terceiro voo da Operação Raízes do Cedro aterrissou na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos. A bordo da aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira, 150 passageiros e um animal de estimação resgatados do Oriente Médio.
Desde o início da operação, em 5 de outubro, já chegaram em Guarulhos em segurança 2.663 passageiros e 34 animais domésticos. É a maior operação de repatriação e resgate de brasileiros e familiares de uma zona de conflito da história do país. Na elaboração das listas de passageiros, foram priorizados idosos, crianças, gestantes, pessoas com deficiência e desabrigados.
Neste ano, o Aeroporto de Cumbica também se tornou moradia para refugiados afegãos. O fluxo de pessoas é intenso, chegando a mais de 200 pessoas a cada semana. Cabe a prefeitura o atendimento emergencial dos afegãos que chegam ao país com visto humanitário. No aeroporto, a administração municipal oferece café da manhã, almoço e jantar, além de entregar água e cobertores. Há ainda atendimento médico e vacinas.
O terminal recebeu, ainda, migrantes que estavam em trânsito internacional e se beneficiaram da isenção de visto no Brasil para fazer esse trajeto. Entretanto, muitos interromperam suas viagens para solicitar refúgio no país, violando as condições que permitiam o uso dessa isenção. Com isso, houve o aumento do fluxo de migrantes que vieram de países como Índia, Vietnã e Nepal, utilizando o Aeroporto de Guarulhos como rota para destinos fora do Brasil, especialmente para América do Norte.