Guarulhos Hoje

Família luta para que mulher atropelada por atriz na Argentina receba cuidados médicos no Brasil

Um casal de brasileiros foi atropelado no primeiro dia do ano em Buenos Aires, na Argentina. Fernando Pereira de Amorim Junior morreu no local do acidente. A companheira dele, Cleusa Adriana Nunes Pombo, está internada em um hospital público com ferimentos graves.

A motorista que causou o acidente, atriz e empresária Patrícia Scheuer, foi ouvida e liberada pela polícia. Ela alegou ter passado por um episódio de “perda de consciência” antes da colisão. O caso segue sob investigação. 

No entanto, a família de Cleusa luta para que a mulher seja transferida para o Brasil e receba aqui cuidados médicos. “Minha mãe está lutando pela vida em um hospital de Buenos Aires. O que deveria ser uma viagem dos sonhos se transformou em um pesadelo irreparável. Meu padrasto, que sempre esteve ao lado da minha mãe, faleceu instantaneamente. Eles foram para Buenos Aires realizar um sonho, mas aquele que deveria ser um momento especial nas suas vidas se transformou em uma tragédia imensurável”, contou a filha de Cleusa.

Segundo ela, enquanto aguardavam para atravessar a rua, um carro subiu na calçada e os atingiu em cheio. “Eles não estavam fazendo nada de errado, apenas aguardando na calçada para atravessar na faixa de pedestre. A motorista, supostamente distraída no celular, não apenas tirou uma vida e destruiu outra, mas também despedaçou a nossa família”, ressaltou.

De acordo com a família, a motorista não prestou nenhum tipo de apoio até o momento. “Minha mãe merece viver. Meu padrasto merece justiça. Essa tragédia não pode ser mais uma estatística que será esquecida em poucos dias. Estou aqui para implorar por apoio, por atenção, por ação. A motorista responsável pelo acidente está solta, até o momento não foi responsabilizada e não prestou nenhum apoio para nós até agora, o que torna nossa dor ainda mais difícil de suportar. É revoltante que vidas possam ser atingidas de forma tão abrupta por uma atitude irresponsável. É inaceitável que alguém que provocou uma tragédia tão devastadora tenha passado apenas algumas horas detida. Que mensagem isso deixa? Que vidas perdidas e famílias destruídas não importam? A sensação de abandono e descaso é esmagadora”, destacou.

Os governos argentino e brasileiro, também não prestaram apoio. “Deixei tudo no Brasil para estar ao lado da minha mãe. Minha filha pequena está em São Paulo, longe de mim e do meu marido, enquanto vivemos dia e noite para garantir que minha mãe receba o tratamento que merece e melhore logo. Meu emprego ficou para trás, tudo ficou no Brasil, e cada dia aqui é uma luta não apenas contra o medo de perder minha mãe, mas também contra a indiferença das autoridades. Minha mãe continua em estado gravíssimo, e nós estamos vivendo um verdadeiro caos emocional e financeiro, sem qualquer respaldo do governo argentino ou brasileiro. Sentimos que fomos abandonados por quem deveria nos proteger nesse momento de desespero. Por toda essa situação, queremos repatriar minha mãe para que ela receba o tratamento médico no Brasil e possa estar perto de nossa família e amigos, que tanto querem apoiá-la nesta recuperação. No entanto, os custos para a transferência e cuidados são altos e estão além de nossas condições financeiras”.

A família decidiu, então, criar uma vakinha. “Por isso, estamos apelando ao apoio da mídia, de pessoas solidárias e de quem possa nos ajudar a compartilhar essa história para mobilizar recursos e viabilizar o retorno dela ao nosso país. Toda ajuda, seja por meio da divulgação ou de apoio direto, é muito bem-vinda. Agradecemos imensamente por qualquer gesto de solidariedade e compaixão neste momento de dor e necessidade. Para doações e mais informações, entre em contato: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/casal-atropelado-na-argentina. Pix: 11 982177745 – Bárbara Nunes. Reforço meu pedido à mídia, às autoridades e à sociedade. Minha mãe não é apenas uma vítima. Ela é uma mulher com sonhos, planos e uma vida pela qual ainda estamos lutando. Meu padrasto não é apenas mais um número. Ele era um ser humano, amado e necessário. Que essa tragédia traga mudanças reais, que a justiça seja feita, porque ninguém deveria viver o que estamos vivendo agora”.

Sair da versão mobile