Nesta quarta-feira (16), a Subsecretaria de Acessibilidade e Inclusão (SAI), promoveu o primeiro treino de takkyu volley (esporte acessível que combina elementos do tênis de mesa e do voleibol) com pessoas com deficiência em sua sede, no Macedo. A atividade visa a participação dos integrantes no Circuito Esportivo Recreativo Adaptado de Guarulhos (Cerag), que ocorrerá no próximo dia 30. O próximo treino será na segunda-feira (22), 9h, no mesmo local. Pessoas com deficiência com mais de 14 anos podem se inscrever pelo telefone (11) 2414-3685.
“Incluir é permitir que todos participem de forma plena. O treino de takkyu vôlei foi mais do que uma atividade esportiva. Foi um encontro de respeito, parceria e alegria entre pessoas com e sem deficiência. É assim que construímos uma sociedade verdadeiramente inclusiva, ” disse a subsecretária Mayara Maia, que participou do treinamento.
O takkyu volley é um esporte inclusivo e vibrante, o qual possibilita a participação de pessoas com qualquer deficiência, incluindo as que usam cadeira de rodas, as com mobilidade reduzida, deficientes visuais e até as pessoas sem deficiência.
A modalidade mistura elementos do tênis de mesa e do voleibol, usando uma bola com guizo dentro, o que torna a atividade acessível e permite que jogadores cegos e com baixa visão identifiquem a posição da mesma em relação a eles na mesa. Cada equipe tem seis jogadores que usam um taco de madeira para bater na bola. A pontuação segue as regras do vôlei com três sets de 15 pontos.
Esporte divertido
A enfermeira Débora Mrques, de 43 anos, perdeu a visão há quatro anos em razão de uma hemorragia ocular. Ela gosta de jogos e aprendeu braile língua de sinais para se entreter com baralho adaptado e outros jogos também. “Me entrego nos jogos e esqueço do mundo. Foi a primeira vez que participei desta modalidade e tinha certeza que iria gostar. Achei superdivertido. Amei,” disse a integrante do Clube do Livro, atividade do projeto Práticas Educativas para a Inclusão Social (Peis), desenvolvido pela SAI.
O treino teve muita descontração com comentários após cada jogada. “Demos muita risada e fizemos piadas no jogo, sempre com muito respeito. Mesmo na brincadeira, o jogo ensina a escutar o colega, a trabalhar junto e a socializar,” completou a jogadora.
Formado em análise e desenvolvimento de sistemas, Caio Henrique Rodrigues Yamazaki, de 21 anos, foi aluno do Peis e integrou uma das equipes no treino. “É uma modalidade muito divertida, com gritaria porque os jogadores se empolgam. Acho que é um esporte interessante e com potencial para crescer e se tornar mais conhecido,” observou Yamazaki, que é cego desde que nasceu e mora no Macedo.
A subsecretaria, integrante da Secretaria de Direitos Humanos, fica na(rua Alberto Hinoto Bento, 49, no Macedo.