Os desafios do novo prefeito para Guarulhos retomar o crescimento

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A partir de 1 de janeiro de 2017, com um novo governo municipal, Guarulhos deverá passar grandes transformações. Depois de 16 anos sendo administrada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), a cidade agora será conduzida pelo ex-vereador Guti (PSB) que, dentre outros, promete mudar a situação financeira do município.

A cidade está estrategicamente localizada na Região Metropolitana de São Paulo, sendo o segundo maior município do estado, mas que vem caindo no quesito representatividade econômica. Uma das principais quedas observadas foi no ranking do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) das maiores economias do país, onde o município caiu da 8ª posição para 13ª no Brasil e quarta no estado, ficando atrás das cidades de São Paulo, Osasco e Campinas. Guarulhos contribui com 0,93% do total do Produto Interno Bruto (PIB) do país, com R$ 49,3 milhões.

Outro levantamento onde a cidade aparece mal avaliada é no Ranking de Eficiência dos Municípios (REM-F).
O município figura na 2.019ª posição ficando atrás de cidades como Campinas (470ª), São Paulo (1.330ª) e Osasco (1.196ª).

Além disso, caberá ao novo chefe do Executivo administrar um orçamento de R$ 4,1 bilhões que já sofreu queda de 3,6% em relação a este ano, quando a prefeitura teve disponível R$ 4,3 bilhões. Uma das maiores quedas de receita é observada no Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae) de Guarulhos que caiu de R$ 678,1 milhões para R$ 558 milhões, redução de 17,7%. É no Saae também que está a maior dívida da cidade, com R$ 2,7 bilhões de débito junto a Sabesp.

Soma-se a isso o fato do prefeito Sebastião Almeida ter acumulado em seu segundo mandato, entre os anos de 2013 e 2016, uma dívida de R$ 2,6 bilhões com fornecedores e prestadores de serviços referentes a contratos feitos, mas que não foram pagos em sua totalidade. De acordo com o Portal da Transparência da prefeitura, somente neste ano a administração municipal já contratou R$ 3 bilhões em serviços, no entanto efetuou o pagamento de R$ 2,1 bilhões – faltando quitar R$ 862,2 milhões.

Outro desafio a ser enfrentado diz respeito ao gasto da prefeitura com funcionalismo público. Até o final do ano, o pagamento chegará bem próximo de 51,3%. Isso faz com que a remuneração dos servidores seja a maior despesa da cidade atualmente e preocupa devido aos limites estipulados pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Isso tudo fará com que o novo prefeito tenha pela frente inúmeros desafios para recuperar a economia do município.
O HOJE relacionou alguns dos desafios nas principais áreas que, se superados, farão com que os guarulhenses voltem a sentir orgulho de viver na cidade.

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