Os funcionários do Hospital Municipal Pimentas-Bonsucesso podem entrar em greve caso não recebam a outra metade do pagamento. A prefeitura repassou, por meio de um cheque de 2,9 milhões, o pagamento dos funcionários na última sexta-feira (13), após acordo com o Sindicato de Saúde de Guarulhos.
O pagamento deveria ser realizado apenas para a questão salarial, que possui pendência no mês de dezembro, não foi realizado totalmente pela administração do hospital a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), que realizou o pagamento das férias atrasadas, vale transporte, cesta básica e apenas metade do salário.
O entrave na questão salarial vem prejudicando todos os funcionários do hospital, que sofrem com aluguéis e contas atrasadas. Segundo a presidente do Sindicato da Saúde em Guarulhos, Eliane de Castro, no momento estão tentando agendar uma reunião para definir a situação com o prefeito Guti (PSB), e o secretário da saúde Roberto Lago.
Na manhã desta quarta-feira (18), às 8h, os funcionários se reuniram em frente ao hospital e paralisaram as atividades por meia hora. Muitos funcionários levaram alguns cartazes para protestar não somente pela questão salarial, mas pela estrutura de trabalho, pois o hospital carece de diversos materiais, inclusive os mais simples, como copo descartável ou seringa.
Segundo Eliane de Castro, a questão do pagamento foi um erro da gestão do hospital, e caso as conversas com a Prefeitura e a gestão do Hospital Municipal Pimentas-Bonsucesso não avancem, na sexta-feira eles devem entrar com um pedido para a realização da greve.
O descaso está presente em todos os setores, desde a manutenção, com a falta de equipamentos, até os pacientes, com a falta de diversos remédios, entre eles uma simples Dipirona para dor de cabeça, e equipamentos de cirurgia, pois existem pacientes que aguardam uma cirurgia há 30 dias no local.
Os problemas como falta de material, vem da gestão passada, do ex-prefeito Sebastião Almeida. “ Os funcionários me repassaram que falta muita coisa na pediatria, falta copo descartável, seringa e até roupa de cama”, diz Eliane, que em conversas com o secretário da saúde Roberto Lago, repassou todos esses problemas internos do hospital.
Reportagem: Ulisses Carvalho