Por falta de verba, PA Paraíso deverá atender apenas casos de emergência

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Sem receber os repasses da prefeitura, a Policlínica Paraíso poderá atender somente casos de emergência. Segundo a Fundação do ABC (FUACB), que administra a unidade, a policlínica está com dificuldades para manter em funcionamento os serviços terceirizados de portaria e limpeza. Caso essa situação não seja revertida, a população que for até o local em busca de atendimento só conseguirá se for caracterizado como emergência.

O grave problema da falta de repasse afeta ainda outras duas unidades de saúde administradas pela FUABC: Unidade de Pronto Atendimento (UPA) São João e a Policlínica Maria Dirce. De acordo com a fundação os atrasos da administração municipal vêm ocorrendo desde o final do ano passado.

Em janeiro, o HOJE já havia denunciado o atraso na remuneração dos profissionais que trabalham nessas unidades. Na época eles estavam sem receber o pagamento desde dezembro, incluindo a falta do repasse do valor correspondente ao vale transporte.

Nesta terça-feira (7) houve uma reunião entre a FUABC e a prefeitura onde foi informado que não há previsão para o repasse deste mês, que permitiria a quitação de salários e dos contratos com fornecedores. A fim de minimizar o impacto à população, a Fundação do ABC realizou ontem uma reunião com o Sindicato dos Médicos, que se comprometeu a não interromper os serviços nas unidades.

Funcionários denunciam falta de materiais básicos e alimentação para os pacientes

Além da falta de pagamento, os funcionários também denunciam a ausência de insumos e materiais básicos para o atendimento da população. “Falta micropore para fixar acesso venoso, então temos que usar fita crepe. Além disso, faltam mortalha, colar cervical, entre outras coisas”, destacou outro funcionário.
De acordo com a Fundação do ABC (FUABC) a falta de insumos e medicamentos ocorre há pelo menos seis meses. Isso porque o abastecimento deveria ser feito pela prefeitura, que também vem atrasando.

A situação ficará ainda mais grave. Isso porque, segundo os funcionários, não foi renovado o contrato do serviço de nutrição, que é terceirizado. “Devido ao encerramento do contrato a partir do dia 10 os pacientes não terão alimentação”, destacou.

Segundo a fundação, a medida foi tomada ainda na gestão anterior com o objetivo de reduzir custos. Assim ficou definido que a FUABC passaria a responder somente pela alimentação dos funcionários, cabendo à prefeitura o fornecimento da alimentação aos pacientes e acompanhantes.
Em nota, a Secretaria da Saúde informou que está honrando todos os pagamentos na medida do possível, de acordo com as autorizações orçamentárias, e que pretende efetuar a quitação desse débito o quanto antes.

Reportagem: Rosana Ibanez
Foto: Ivanildo Porto

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