Prefeitura monitora a febre maculosa e esclarece que não há casos da doença em Guarulhos

Prefeitura de Jundiaí
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A Prefeitura de Guarulhos esclarece que o município não registrou e nem tem sob investigação casos de febre maculosa, doença transmitida pelo carrapato-estrela e que pode atingir 70% de mortalidade em determinadas situações. Um dos maiores hospedeiros do transmissor da enfermidade é a capivara, mamífero roedor de grande porte.

“Apesar de Guarulhos ter uma população de capivaras, a Secretaria da Saúde faz um trabalho de monitoramento constante da febre maculosa e até o momento nenhum caso autóctone (que se originou na cidade) foi registrado”, explica a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Valeska Aubin Zanetti Mion.

No último balanço feito pelo Ministério da Saúde, na terça-feira (13), o Brasil registrava 53 casos de febre maculosa ao longo deste ano. Desse total, oito evoluíram para a morte do paciente, sendo que quatro são no Estado de São Paulo, na região de Campinas.

Transmissão

A doença é transmitida pelo carrapato-estrela ou micuim, infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii. Não se trata do carrapato comum, geralmente encontrado em cachorros. A espécie Amblyomma cajennense, transmissora da doença, pode ser encontrada em animais de grande porte (bois, cavalos), cães, aves domésticas, gambás, coelhos e especialmente na capivara.

Para haver transmissão da doença o carrapato infectado precisa ficar pelo menos quatro horas fixado na pele do ser humano. Os carrapatos mais jovens e de menor tamanho são os mais perigosos, porque são mais difíceis de serem vistos. Não existe transmissão da doença de uma pessoa para outra.

Sintomas

A doença começa de forma repentina com um conjunto de sintomas semelhantes aos de outras infecções: febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, falta de apetite, desânimo. Depois aparecem pequenas manchas avermelhadas que crescem e tornam-se salientes. Essas lesões, parecidas com uma picada de pulga, às vezes apresentam pequenas hemorragias sob a pele. Elas aparecem em todo o corpo e também na palma das mãos e na planta dos pés, o que em geral não acontece em doenças como sarampo, rubéola e dengue hemorrágica, por exemplo.

Por essa razão o médico deve observar o histórico do paciente, principalmente se ele esteve em regiões onde há cavalos ou animais silvestres ou em locais onde foram registrados casos de febre maculosa. Os sintomas levam em média de sete a dez dias para se manifestar e a partir daí o tratamento deve ser iniciado dentro de no máximo cinco dias. Após esse período, há sérios riscos de que os medicamentos não surtam mais efeito e o paciente venha a óbito.

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