Nem mesmo os mais frágeis escapam dos efeitos provocados pela má gestão dos administradores públicos nos serviços prestados na área da Saúde. A crianças R.S.O., de apenas 3 anos, aguarda por atendimento de pneumologista na rede municipal há quase 11 meses. Além disso, a criança também está na espera por alergista e não tem qualquer tipo de resposta sobre quando será atendido pelo município.
Em relação ao alergista, segundo a mãe Jussara Oliveira, ao ser atendida no Hospital da Criança e do Adolescente, a médica solicitou alguns tipos de exames e orientou o seu retorno no mês de fevereiro para sua realização. Ao retornar, Jussara foi informada que não poderia mais fazer os exames por que o profissional que o atendeu já não fazia mais parte dos quadros de funcionário da municipalidade.
Ela também ressaltou que funcionários daquele hospital afirmaram que era necessário aguardar um posicionamento da Secretaria de Saúde sobre os procedimentos a serem adotados para que o atendimento possa ser realizado. No entanto, não existe qualquer prazo definido para que isso aconteça.
“Falaram que não tinha como agendar porque a médica saiu do hospital, e por não ter ninguém no lugar dela, e nem saberem onde ela está atendendo agora, pois agora estão esperando a resposta da Secretaria da Saúde. Isso não existe, né? Até quando as crianças vão ficar assim?”, perguntou Jussara.
A prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde informou que a criança passou em consulta no Hospital Municipal da Criança e do Adolescente (HMCA) em 16 de dezembro do ano passado, com a médica especialista em alergia, que solicitou retorno após três meses. Ocorre que a médica com a qual ele passou, não atenderá mais consultas ambulatoriais no HMCA a partir deste ano.
A secretaria informou ainda que a orientação dada às mães é para procurar a UBS para agendar uma nova consulta com outra médica da mesma especialidade. Independente disso, a Secretaria de Saúde esclarece que R. S. O. vem sendo acompanhado pelo médico da UBS Belvedere com frequência.
Reportagem: Antônio Boaventura
Foto: Ivanildo Porto