Dono de empresa nega que mantinha funcionários em trabalho escravo

Hands tied with a rope
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Elias Alves Sampaio, dono de uma empresa de reciclagem localizada No Jardim Presidente Dutra suspeito de manter dois trabalhadores em situação precária, nega que mantinha os profissionais em situação análoga à escravidão.

No dia 5 de novembro, uma equipe do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) investigava a empresa por furto de energia elétrica e, ao cumprirem mandado de busca e apreensão no imóvel e não conseguirem contato com o dono, encontraram os dois homens em um galpão que, de acordo com a polícia, estava trancado com barras de ferro nas janelas, em um espaço precário.

De acordo com Sampaio, na ocasião “haviam dois funcionários trabalhando, pessoas que prestavam serviço eventual para minha empresa, na necessidade de estancar uma contingência, trabalho noturno que acontece de forma esporádica, diante da necessidade, não sendo habitual”, disse. Segundo ele, o mandado foi cumprido às 5h30 e devido ao horário os agentes encontraram a empresa fechada.

“No momento os dois funcionários se assustaram porque alguém estava tentando arrombar o portão, soltando bombas, chovia muito e eles estavam fazendo barulho como se fosse tiro. A cachorra avançava e, diante disso, os mesmos se esconderam pois não sabiam o que de fato estava acontecendo. Após a polícia ter arrombado o portão, quando um dos funcionários foi localizado, foram perguntados, de forma insistente, se estavam trancados, sendo respondido que sim pois de fato a empresa estava fechada. Os portões de acesso ficam fechados, mas há portas de ferro laterais que são fechadas por dentro de fácil abertura. […] Os funcionários trabalham esporadicamente e recebem contingentemente pelo trabalho realizado”, diz.

Ainda de acordo com o empresário, a parte interna do imóvel apresentada se tratava de um ambiente em que bags com materiais recicláveis eram acondicionadas. “Um armário que está em uma parte da empresa inutilizada e um cômodo que era escritório e fica fechado, sem acesso de funcionários. Vale ressaltar que há refeitório e banheiros limpos e as fotos apresentadas não são condizentes com a realidade”, diz.

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